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Ribeirão

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Em meio à alta de violência em SP, PMs sofrem cortes no pagamento

Amparado por liminar, governo de SP paga até R$ 1.300 a menos nos salários desde novembro

Estado diz que paga de acordo com a legislação e que o caso está em análise no Supremo Tribunal Federal

ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO

Em meio à onda de violência e mortes de PMs no Estado de São Paulo, o governo Geraldo Alckmin (PSDB), amparado por decisão liminar, está pagando até R$ 1.300 a menos para policiais militares desde novembro. A variação ocorre de acordo com a patente.

Entidades que representam a categoria tentam reverter o corte nos pagamentos -referentes a ganhos por tempo de serviço obtidos judicialmente e que já vinham sendo pagos havia dois anos.

Segundo a Associação de Cabos e Soldados do Estado de São Paulo, o corte atingiu cerca de 92 mil policiais que recebiam o benefício -SP tem cerca de 147 mil PMs.

O impacto varia de R$ 80 para um soldado com cinco anos de corporação, por exemplo, até R$ 1.300 no caso de oficiais graduados, como coronéis com mais de 20 anos de serviço na PM, disse o presidente da associação, cabo Wilson Morais.

"Esse dinheiro já fazia parte do orçamento do policial. Muitos financiaram a reforma da casa, compraram um carro a prestação e agora ficaram com dívida no banco."

Morais afirmou que a associação tem se posicionado contra movimentos que sugerem greve dos PMs.

DIÁLOGO

Segundo ele, o novo secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, tem dialogado com a categoria e até intermediou uma reunião entre a representação dos PMs e Alckmin.

O encontrou inicialmente está marcado para hoje, de acordo com Morais. A disputa sobre os valores suspensos agora teve início em 2008, quando a representação dos cabos e soldados e a Associação dos Oficiais da Reserva pediram uma revisão -alta de 5% a cada cinco anos.

Em segunda instância, o Judiciário deu ganho de causa às entidades em 2010 e determinou pagamento do novo cálculo e de atrasados.

No STF (Supremo Tribunal Federal), o Estado conseguiu suspender o pagamento alegando que o benefício gera impacto de R$ 1,5 bilhão aos cofres paulistas. As associações contestam o dado.

Já morreram em São Paulo neste ano cem policiais militares. A violência cresceu no Estado e, em Ribeirão, o número total de homicídios (67) é o maior desde 2003.


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