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Ribeirão

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Só duas clínicas particulares para dependentes têm licença

Vigilância sabe que há 12 casas em Ribeirão, mas a maioria está irregular

Coordenador de saúde mental diz que fechamento não é a melhor solução, pois cria problema mais complexo

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Apenas duas clínicas terapêuticas particulares para tratar dependentes químicos em Ribeirão Preto têm licença de funcionamento, de acordo com a Vigilância Sanitária do município.

O órgão sabe da existência de 12 casas, mas só as comunidades Rarev e Amostra estão regularizadas. A própria chefe do serviço, Vânia Cantarella, admite, porém, que o número pode ser maior.

Segundo ela, as irregularidades ocorrem por pendências burocráticas e nenhuma das dez casas sem licença tem situação crítica -má higiene, prédio precário e excesso de pacientes- que possa resultar em fechamento.

Das 12 clínicas, "três ou quatro" comunidades estão em processo de obter a licença -Cantarella não soube dizer quais.

Em 2010, uma comunidade em Brodowski chegou a ser lacrada depois de uma blitz. Em Ribeirão, há quatro anos, duas clínicas foram fechadas por más condições.

Para o coordenador de saúde mental do município, Alexandre Firmo de Souza Cruz, fechar completamente uma clínica cria um problema mais complexo. "A dificuldade é o que fazer com os pacientes. É um risco interromper o tratamento."

Nas casas fechadas em Ribeirão, por exemplo, após ação do Ministério Público Estadual, todos os internos tiveram de ser levados para as cidades de origem.

As clínicas cobram, em média, mais de R$ 1.000 por mês para um tratamento de seis meses, segundo Márcia Marisa Macei, da associação de familiares do dependente químico de Ribeirão.

Criada em 2009, a Amostra, que funciona no distrito de Bonfim Paulista, obteve no final do ano passado licença para funcionar. A casa atende atualmente 15 homens.

Segundo o psicólogo Fabiano Duarte de Souza, foi preciso até mesmo mudar de endereço para se adequar às exigências legais.

REGIÃO

A Secretaria de Estado da Saúde calcula haver 36 comunidades terapêuticas na região. Dessas, 13 estão irregulares. Duas de Cravinhos foram interditadas parcialmente pela vigilância local.

O Estado dá 60 dias para as clínicas se regularizarem.


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