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Ribeirão

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Dengue avança com aumento do tipo 4

Sorotipo da doença, que entrou no Brasil há cerca de dois anos, predomina entre casos registrados em Ribeirão

Nova variante pode facilitar a circulação da dengue e aumentar o risco de casos mais graves, diz especialista

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO

Após redução no número de casos de dengue em 2012, Ribeirão Preto voltou a apresentar aumento da doença neste ano. Segundo a prefeitura, foram 267 registros positivos em janeiro, ante 19 no mesmo período de 2012 -uma alta de 1.305%.

A informação foi divulgada ontem de manhã pela administração, que não liberava boletins da doença desde novembro do ano passado.

Apesar do aumento neste ano, o cenário ainda é menos preocupante do que em 2010 e 2011, quando, em janeiro, foram registrados 1.583 e 976 casos, respectivamente.

De acordo com o secretário da Saúde, Stenio Miranda, a predominância agora é do vírus tipo 4, que entrou no Brasil há cerca de dois anos. Nos anos anteriores, o tipo 1 predominou na cidade.

Segundo o infectologista e professor da Unesp de Botucatu, Carlos Magno Fortaleza, é "normal" que no decorrer dos anos haja mudanças do tipo de vírus da dengue.

A alteração preocupa, no entanto, porque o novo vírus encontra uma população suscetível que já teve outros sorotipos em anos anteriores.

Um dos fatores de risco mais ligados à versão hemorrágica da doença, por exemplo, é ter sido infectado antes por um dos subtipos do vírus.

"O [tipo] 4 é preocupante por ser uma novidade. O vírus terá mais facilidade de encontrar pessoas não infectadas e circular entre elas. Por outro lado, aumenta o risco de uma epidemia com quadros graves."

REGIÕES ATINGIDAS

A zona leste é a região de Ribeirão que mais concentra casos de dengue, com 96 registros. A segunda área mais preocupante é a zona norte, com 48 casos positivos.

Miranda pede que as pessoas fiquem alertas em seus quintais. "Cerca de 80% dos criadouros estão nas casas."

O secretário disse que não dá para fazer previsões para os próximos meses, mas falou que a incidência tende a aumentar entre março e abril.

A partir de agora, ele cogita a possibilidade de divulgar o número de casos confirmados em um prazo de 15 dias.

Miranda chegou a dizer que não divulgaria os dados de janeiro antes do fim do mês para não passar números falhos.

"Tudo depende do cenário epidemiológico do momento. Em janeiro, a situação estava controlada, por isso não havia riscos em não divulgar os números", disse o secretário.


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