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Países desatam principal nó de debates em conferência do clima

Dúvida se refere a "sobras" de emissões de países como a Rússia

GIULIANA MIRANDA ENVIADA ESPECIAL A DOHA

O principal nó das negociações da COP-18, conferência do clima da ONU que acontece até sexta em Doha, no Qatar, começou a ser desatado.

Os países finalmente chegaram a um rascunho robusto da extensão do Protocolo de Kyoto, especialmente em seu ponto mais polêmico: o chamado "hot air".

Esse ar quente da discórdia é uma espécie de bônus. Rússia, Polônia e Ucrânia, que emitiram menos gases-estufa do que poderiam na primeira etapa do pacto do clima, fizeram pressão para carregar essa diferença para a segunda fase do acordo.

A posição do ex-bloco soviético causou mal-estar porque a diminuição nas emissões aconteceu por causa da desaceleração econômica na região, e não de medidas para esse fim. Apesar da relutância, os países devem conseguir levar algum crédito para a próxima etapa do pacto, embora ele seja muito menor do que essas nações queriam.

Os delegados dos quase 200 países reunidos formalizaram três opções.

A defendida pelo Brasil, e que tem ganhado popularidade entre as demais delegações, estabelece que o "bônus" não pode ultrapassar 2,5% da meta prevista para o período inicial. Negociadores ouvidos pela Folha dizem que a decisão final deve seguir essa linha.

Outra opção, defendida pela Suiça, deixa margem para se estabelecer uma quantidade máxima, em toneladas de carbono, que poderia valer para a próxima etapa.

Os países também sinalizam que o "bônus" das emissões reduzidas durante a vigência da extensão do acordo vão se encerrar junto com ele, não sendo transferidos para o novo pacto global de proteção do clima, que deve entrar em vigor em 2020.

Apesar dos avanços, o texto ainda está repleto de colchetes, símbolos que, na diplomacia, significam pontos polêmicos em que ainda não há acordo entre os países.

A dois dias do fim da conferência, os países ainda não sabem até quando vigorará esse "puxadinho" de Kyoto.

O negociador brasileiro André Corrêa do Lago disse que muitas divergências foram resolvidas com soluções técnicas boladas pelo Brasil.


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