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Análise

Moeda digital ainda precisa ser lapidada para diminuir riscos

BENTO DA COSTA FILHO ESPECIAL PARA A FOLHA

A grande ousadia do bitcoin é existir sem que se faça necessário o apadrinhamento de uma sólida instituição financeira. É uma inovação que é a cara da internet: aberta, sem censura e sem controle centralizado.

O fato de não ser necessária a intermediação de uma grande instituição (bancária) faz com que o custo de transacionar seja baixo, tornando viável o uso em compras de baixo valor.

Caso tenha sucesso, a nova moeda virtual deve ajudar a disseminar o comércio eletrônico de muitos serviços de baixo valor unitário, mas de grande interesse para os consumidores em geral.

Num primeiro momento, pode parecer estranho para os consumidores confiar numa nova moeda perdida no meio da rede. A sensação de insegurança pode ser grande nas primeiras utilizações.

Mas essa sensação é experimentada sempre que alguém tenta usar coisas muito diferentes do usual. Quem não sentiu um "frio na barriga" na primeira vez que acessou a sua conta bancária pela internet? E a primeira vez em que o cartão de crédito foi usado numa compra virtual?

Mesmo coisas "usuais" têm seus riscos. Usar o bom e velho papel-moeda para fazer pagamentos não está livre de surpresas desagradáveis: pode-se receber notas falsas, ser assaltado ou perder o dinheiro. O já familiar cartão de crédito também tem seus percalços: esquecimento e cancelamento de senhas, maquinetas que não funcionam, sistemas inoperantes.

A questão é que as pessoas já estão acostumadas com esses problemas e os consideram "naturalmente" como riscos calculados de utilizar meios de pagamento.

Há a necessidade de ajustar a solução tecnológica que apoia essa moeda eletrônica, ainda sujeita a vulnerabilidades de ataques de hackers.

Mas vale lembrar que não é preciso reduzir o risco a zero: se for baixo, as pessoas o aceitam. Vamos aguardar a evolução do bitcoin. O ser humano tem um sexto sentido para coisas boas e simples de serem usadas.


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