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Análise Xbox One

Mais central de mídia, menos videogame

Microsoft apresenta o Xbox One como um projeto para dominar a sala de estar; feira E3 mostrará mais detalhes

ALEXANDRE ORRICO ENVIADO ESPECIAL A REDMOND (EUA)

A Microsoft e a Sony estão em guerra, há pelo menos uma década, por uma posição de liderança no mundo dos videogames.

Mas a apresentação do Xbox One, novo console da empresa norte-americana, deu indícios de que a batalha da oitava geração será menos direta do que as anteriores.

Durante o evento, que ocorreu na semana passada em Redmond, nos EUA, a empresa fundada por Bill Gates reposicionou suas tropas: com o novo Xbox, a intenção agora é dominar a sala de estar e atrair também quem tem interesse em assistir filmes, navegar na internet e ver TV.

Don Mattrick, presidente de entretenimento interativo da Microsoft, apresentou o novo dispositivo como um "sistema de entretenimento", que torna a TV mais "inteligente e social". Um "tudo em um" --daí a origem do nome, Xbox One. Mais central de mídia, menos videogame.

A concorrência com a Sony foi dividida com outras empresas que são de outro setor, como a Apple e o Google, que também têm dispositivos que funcionam como set-top boxes, caixinhas de transmissão de conteúdo que se conectam à TV.

O projeto é fundamentalmente diferente se comparado com o da Sony, que, durante a apresentação do PS4, em fevereiro, mostrou ao menos dez games novos, com funções sociais, como compartilhamento de imagens e vídeos de jogos, e demonstrações de poder de processamento.

Os gamers reagiram melhor ao evento da Sony --o valor das ações da companhia japonesa até subiu após a apresentação da Microsoft. O público ainda não digeriu a mistura de games, internet, TV e entretenimento.

Ambas as empresas tentam correr atrás das mudanças do mercado: em 2005 e 2006, anos de lançamento do Xbox 360 e do PS3, respectivamente, o YouTube era apenas um site recém-fundado; "Angry Birds" e seu 1,7 bilhão de downloads ainda estava para nascer, jogos de Facebook não existiam e o Netflix era só um serviço de aluguel de DVDs.

Entre os dias 10 e 13 de junho, data da feira E3, em Los Angeles, a mais importante do setor, veremos mais detalhes sobre os projetos das fabricantes, incluindo pontos até agora nebulosos sobre o Xbox One, como a suposta taxa necessária para rodar jogos usados e como funcionará a exigência de conexão periódica com a internet.

A Nintendo, que corre por fora, também deve apresentar mais detalhes sobre o console Wii U, lançado no fim do ano passado. O controle em forma de tablet ainda não caiu no gosto dos jogadores e sofre com a falta de apoio das produtoras.


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