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O futuro está no céu

Cientistas apontam novos usos para os drones, veículos aéreos não tripulados famosos pela função militar

STEVEN POOLE DO "GUARDIAN"

Com o Prism, o programa americano de monitoramento de dados, as câmeras de vigilância e o novo Google Glass, parece que não haverá como escapar dos olhos da tecnologia. Mas talvez venhamos a considerar este "um tempo dourado", de relativa privacidade, antes que as aeronaves de vigilância de pilotagem remota (os chamados drones) saiam em enxames invisíveis pelo ar, gravando todos os nossos movimentos.

Os drones podem ser usados para carregar mísseis --o uso militar, de fato, é o mais conhecido--, mas também para contar orangotangos na selva ou para espionar.

Na conferência mundial de tecnologia e design TEDGlobal, cientistas e pensadores discutiram a ética do uso desses equipamentos.

A palavra drone (em inglês significa zangão, zumbido, conversa mole) foi escolhida para designar os Vants (veículos aéreos não tripulados, em português, ou UAV, em inglês) para causar aversão. Ninguém gosta de sentar ao lado de alguém que fala sem parar, ou de ter uma abelha zumbindo no ouvido.

Pensando no termo, cientistas da Universidade Harvard (EUA) criaram um robô que toma por modelo uma borboleta, do tamanho de uma mosca, chamado RoboBee. É feito de fibra de carbono, pesa menos de um grama e bate asas robotizadas.

A peça ainda precisa estar acoplada a uma fonte de energia para funcionar, mas dentro de alguns anos ela poderá voar livremente, com minúsculas câmeras para registrar imagens de pessoas comuns e celebridades. Os paparazzi não terão mais de se esconder nas moitas; poderão ficar em casa, usando seus iPad ou celular como controle remoto.

O pai do RoboBee, o cientista Kevin Ma, sugeriu que robôs semelhantes poderiam ser usados em "operações de busca e salvamento", voando em espaços confinados ou destruídos para procurar sobreviventes. Ou ainda em "monitoração ambiental", equipados com sensores para detectar traços de produtos químicos, por exemplo.

Outro projeto, apresentado por Andreas Raptopoulos, vai na mesma linha: usar drones para entregar suprimentos médicos a pessoas que precisam de atendimento urgente em áreas de calamidade --o sistema foi testado em 2010 no terremoto do Haiti.

O desafio dos drones não é que tenhamos de escolher entre os usos positivos e negativos, mas sim o de que todos esses usos concebidos acontecerão simultaneamente, em um futuro no qual os drones serão um recurso genérico.

Com R$ 1 mil, já é possível comprar um quadricóptero que transmite imagens em tempo real. Daí para invasão de privacidade é um pulo.

No que está por vir, as possibilidades são ilimitadas. Pais poderão usar drones de carga mais robustos para levar as crianças à escola.

Do lado negativo, será mais fácil para alguém explodir coisas remotamente.

Os céus do futuro parecem de fato movimentados.


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