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À sombra dos gigantes

Alternativas a serviços on-line de empresas como Apple, Facebook e Google crescem após revelação de programa de vigilância dos EUA

RAFAEL CAPANEMA DE SÃO PAULO

Depois da revelação da existência do Prism, programa que permite à NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) acessar os dados dos usuários de empresas como Apple, Google e Facebook, o buscador DuckDuckGo (duckduckgo.com), que foca a privacidade, viu sua média de pesquisas diárias quase dobrar, de 1,7 milhão para 3 milhões.

O temor de alguns usuários de que suas atividades on-line sejam monitoradas fez crescer também o interesse pelo Tor Browser Bundle (tor project.org), que permite navegar na web de forma anônima. O software é usado pelo próprio Edward Snowden, o ex-analista de inteligência que tornou público o programa de vigilância dos EUA.

Surgiram ainda sites que apontam alternativas de buscador, navegador, e-mail, mensageiro instantâneo e outros serviços que prometem não monitorar seus usuários.

O mais notável deles é o prism-break.org (referência à série americana "Prison Break"; fuga da prisão, em tradução livre), que teve 640 mil visitas desde a sua criação, há cerca de um mês.

Para o criador do site, o designer Peng Zhong, a maioria das pessoas é dependente do Google e do Facebook a ponto de pensar ser impossível substituir seus serviços.

De fato, não é confortável trocar produtos estabelecidos há anos, mantidos por equipes gigantes de empresas ricas, por alternativas mais modestas, não raro mais lentas e menos completas.

"No entanto, espero que as pessoas percebam que o Prism não é uma brecha ordinária de privacidade. Aqueles que entendem que todas as palavras que digitam no Facebook ou dizem no Skype podem ser gravadas permanentemente pela NSA certamente buscarão criptografar sua comunicação", diz Zhong.

Na semana passada, empresas de tecnologia pediram mais transparência sobre a coleta de dados em uma carta aberta a Barack Obama.


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