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Híbrido da Sony supera concorrência, mas será caro
'Phablet' da marca sairá por mais de R$ 2.000 no Brasil
Câmera ruim e software confuso do celular decepcionam; aparelho deve chegar aqui em outubro deste ano
O Xperia Z Ultra é mais uma iniciativa da Sony para tentar pegar um pedaço de nichos dominados pela Samsung no mercado de smartphones --no último ano, a empresa japonesa expandiu seu portfólio de três para seis modelos
O "phablet" (híbrido de tablet e telefone) Z Ultra é o sétimo, e mais dois devem ser lançados até o fim de 2013.
À prova d'água, o Xperia Z Ultra tem duas grandes placas planas de vidro temperado (na frente e atrás), com as laterais feitas em metal.
O resultado é um acabamento elegante, mas um celular que, também por suas dimensões, fica escorregadio.
O tamanho, como em outros híbridos, torna a experiência de fazer ligações desconfortável e potencialmente embaraçosa.
O maior destaque é sua tela Full HD de 6,4 polegadas, mas o resto do hardware também é potente: vem com processador Snapdragon 800, topo de linha da Qualcomm, e 2 Gbytes de RAM.
Nos testes da Folha, a navegação se mostrou ágil, e o celular executou com tranquilidade jogos pesados e vídeos em alta resolução.
Sua câmera, por outro lado, deixa a desejar. Além de tirar fotos pouco definidas e com ruído (mesmo quando a iluminação não é ruim), o app criado pela Sony é desnecessariamente complicado.
Como a maioria das fabricantes, a empresa opta por modificar o Android "puro" para integrar o smartphone a outros produtos da marca e se diferenciar da concorrência --mas, como outras, erra nas alterações.
Além do app de foto, um exemplo malsucedido é a confusa interface para exibir os aplicativos instalados, que oferece cinco modos diferentes de organizá-los e dificulta sua desinstalação.
O celular ainda é cheio de aplicativos embarcados que não podem ser removidos, boa parte dispensáveis e alguns completamente inúteis, como o "Campo Sony", na verdade um atalho para uma campanha publicitária.
De resto, o Xperia Z Ultra traz recursos interessantes, como TV digital e a possibilidade de usar qualquer caneta de ponta metálica ou lápis para escrever e desenhar na tela do celular.
O "phablet" tem desempenho e acabamento superiores ao de concorrentes, como o Asus Fonepad e o Galaxy Note 2, mas cobra por isso.
Com lançamento previsto para outubro e sem preço exato definido no Brasil, o aparelho ficará, segundo a Sony, acima dos R$ 2 mil.