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Especialistas divergem sobre uso da palavra 'guerra'

DE SÃO PAULO

Apesar de ter se tornado o principal termo pelo qual Estados e instituições se referem a ciberataques contínuos, a palavra "ciberguerra" não é unanimidade entre especialistas no assunto.

Trata-se de uma questão semântica com implicações práticas. O principal crítico da expressão é Thomas Rid, professor do departamento de estudos de guerra do King's College, em Londres.

Em seu livro "Cyber War Will Not Take Place" ("A Ciberguerra Não Acontecerá"), Rid argumenta que um ato ofensivo qualquer, para ser considerado ato de guerra, deve obedecer três critérios.

Primeiro, deve ser fisicamente violento, ou seja, deve ter vítimas. Segundo, deve ser instrumental, ou seja, a violência deve ser um meio para atingir um fim. Por último, atos de guerra são, necessariamente, políticos: um Estado a fim de subjulgar outro.

"Se o uso da força na guerra é violento, instrumental e político, então não há ciberataque que obedece aos três critérios", diz o pesquisador.

No extremo oposto do debate estão os pesquisadores Peter Singer e Allan Friedman, autores de "Cybersecurity and Cyberwar" ("Cibersegurança e Ciberguerra"). Como aponta o título, eles admitem uma interpretação mais elástica de "guerra".

"Todos os elementos-chave da guerra no ciberespaço têm paralelos e conexões com a guerra em outros domínios", argumentam.

CYBER WAR WILL NOT TAKE PLACE

AUTOR Thomas Rid
EDITORA Oxford University Press
QUANTO US$ 9,99 (e-book)

CYBERSECURITY AND CYBERWAR

AUTORES Peter Singer e Allan Friedman
EDITORA Oxford University Press
QUANTO US$ 9,00 (e-book)


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