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Alibaba vende ações extras e tem maior IPO da história
Total de US$ 25 bilhões supera entrada na Bolsa do Banco Agrícola da China
Lote adicional de papéis foi liberado após a forte demanda por papéis na estreia, na sexta, que teve alta de 38%
A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Alibaba Group Holding é agora a maior do mundo. A marca foi alcançada após após o gigante do comércio eletrônico e alguns de seus acionistas terem vendido ações adicionais.
Com o novo pacote de ações, o IPO da empresa chinesa conseguiu levantar um total de US$ 25 bilhões.
Com o preço de US$ 68 por ação, definido na quinta-feira (18), a companhia levantou US$ 21,8 bilhões na sua estreia na NYSE (Bolsa de Nova York), no dia seguinte.
A oferta extra ocorreu após uma grande procura pelos papéis, disseram fontes ligadas ao assunto. A alta na estreia foi de 38%.
As ações da empresa fecharam com queda de 4,26% nesta segunda, a US$ 89,89.
O IPO superou o recorde mundial estabelecido anteriormente pelo Banco Agrícola da China, em 2010, quando levantou US$ 22,1 bilhões.
O Alibaba acordou a venda de 26,1 milhões de ações adicionais, e o Yahoo!, de 18,3 milhões, em operação que rendeu às duas empresas US$ 1,8 bilhão e US$ 1,2 bilhão extras, respectivamente.
Jack Ma, do Alibaba, acordou a venda de 2,7 milhões de ações adicionais. O cofundador da empresa, Joe Tsai, acordou a venda de mais 902.782 ações.
A fonte não quis ser identificada pois os detalhes da venda adicional ainda têm de ser oficializados. O Alibaba se recusou a comentar.
Citigroup, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, JPMorgan Chase & Co e Morgan Stanley atuaram como bancos coordenadores da oferta pública inicial.
O Rothschild foi contratado como assessor financeiro do Alibaba no negócio.
CONJUNTO DE LOJAS
O Alibaba não é uma só loja virtual, mas um conjunto delas. A primeira foi a que leva o nome da empresa, lançada em 1999, que vende por atacado na China. A mais famosa, Taobao, veio quatro anos depois, com foco no varejo chinês.
O catálogo é de aproximadamente 800 milhões de produtos, de acordo com a empresa. Mas tanta variedade traz um problema: há muitas falsificações sendo vendidas. O Alibaba afirma gastar milhões de dólares por ano tentando resolver a questão.
Se agora há abundância, nos anos 1990 era virtualmente impossível comprar produtos chineses pela internet. Foi o que percebeu Ma Yun --hoje conhecido como Jack Ma ou Crazy Jack--, fundador do Alibaba, quando viajou aos EUA em 1995.
Ex-tradutor, ele viu que poderia faturar vendendo produtos para o resto do mundo.
NO BRASIL
Por aqui, o Alibaba está presente por meio do site AliExpress, que aceita compras do mundo todo de mercadorias chinesas.
De acordo com a papelada entregue à SEC, órgão que regulamenta o mercado de capitais nos EUA, o Brasil foi o terceiro mercado do AliExpress, atrás de Rússia e EUA, no fim do ano passado.