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'Carros e saúde são líderes em inovação'

Gary Shapiro, da CES, avalia que o próximo salto tecnológico virá da medicina, com soluções para reduzir custos

Em dez ou 20 anos teremos veículos sem motorista, prevê o organizador da feira realizada em Las Vegas

Steve Marcus - 10.jan.2012/Reuters
Estande da Panasonic na CES 2012; evento atraiu 150 mil visitantes no ano passado
Estande da Panasonic na CES 2012; evento atraiu 150 mil visitantes no ano passado
DE WASHINGTON

Duas áreas devem ser responsáveis pelas maiores inovações tecnológicas nos próximos anos: a automotiva e a de saúde, na opinião de Gary Shapiro, presidente da associação que promove a CES, uma das maiores feiras de eletrônicos, que começa hoje em Las Vegas.

Conhecido por apostar em empresas pequenas (ele lança um novo livro sobre inovação nesta semana, "Ninja Inovation"), Shapiro comemora o aumento de 40% na seção de start-ups do evento, o Eureka Park.

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Folha - Qual o perfil das novas empresas na feira?

Gary Shapiro - Temos recebido empresas de carros, algumas das maiores montadoras do mundo participarão.

O setor de carros elétricos está crescendo muito.

Outro setor que cresce é o de saúde e bem-estar, com soluções para monitoramento de pacientes, exercícios, para cuidados com diabetes...

A maior área nova, porém, ainda é a de acessórios para aparelhos da Apple, que começou há três anos e só cresce. Nosso i-Lounge terá 440 empresas neste ano.

E o nosso parque de start-ups, o Eureka Park, cresceu 40% em relação a 2012. Além das companhias que exibirão a próxima geração de TVs, as Ultra HD. E dos tablets, dos telefones, dos aplicativos...

Como será a participação das empresas que produzem aplicativos, redes sociais, coisas que não se compra numa loja?

Muitas empresas investirão nisso [na exposição], e um dos aspectos mais importantes é o da conectividade, tanto via redes sociais, para vender produtos, como em carros, em eletrodomésticos.

Acesso à internet é o próximo passo? O que o sr. prevê para esse mercado?

O IPv6, Protocolo de Internet 6, que dá a todo aparelho um endereço na internet, é cada vez mais comum. É o que alguns chamam de comunicação máquina a máquina, "internet das coisas".

Mas acho que o próximo avanço virá do setor de saúde, sobretudo porque os custos são muito altos e teremos que depender menos de médicos. Outro salto esperado é no setor automotivo: dentro de dez ou 20 anos teremos carros sem motorista.

E de todas as novidades, qual o empolga mais?

No longo prazo, com certeza são os carros sem motorista. No curto prazo, qualquer coisa que dê conexão à internet é capaz de mudar a vida das pessoas, sobretudo das mais pobres, ao oferecer acesso à informação, à educação e à assistência à saúde.

Tem uma empresa que acho muito legal, e da qual falo no meu livro "Ninja Innovation" [inovação ninja]: a Health Spot. Ela oferece uma salinha pequena, com acesso à internet, que pode ser instalada em qualquer lugar. A pessoa doente entra na salinha, senta-se em uma cadeira, é pesada, seus sinais vitais são medidos, sua pressão é tirada, a temperatura é checada, e eles dirão quais são os sintomas.

Por uma tela conectada à internet, o paciente consegue conversar com um médico, que pode pedir mais testes ou diagnosticar o problema.

Se a sala for instalada em uma farmácia, o paciente pode comprar o remédio imediatamente. Isso permitirá que os médicos atendam mais gente e que se economize tempo de deslocamento.


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