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Tela e preço são pontos fracos de modelo da HP

Painel sensível ao toque responde bem aos comandos, mas superfície é espelhada demais e inclina pouco

EMERSON KIMURA DE SÃO PAULO

A chegada do Windows 8 ao mercado estimulou o lançamento de computadores com tela sensível ao toque -item que facilita o uso da nova interface do sistema operacional da Microsoft.

Uma das novidades é o HP Envy 23 TouchSmart, um PC de mesa do tipo all-in-one (tudo-em-um) -categoria que junta o monitor ao gabinete, ou seja, uma só carcaça contém a tela e outros componentes de hardware (placa-mãe, processador, memória etc.).

Os modelos all-in-one costumam ocupar menos espaço do que os desktops tradicionais, mas ter menos poder de processamento e flexibilidade para atualização de hardware.

O Envy 23 tem uma construção sólida e resistente. A base é bastante firme e, diferentemente da dobradiça de muitos laptops, não deixa a tela tremer após ser tocada.

O ângulo de inclinação do painel, porém, é muito limitado (cerca de 30º). É um problema porque o uso extenso de toque é muito mais confortável em superfícies mais deitadas, em uma posição próxima ao plano da mesa.

Modelos anteriores da HP e de outras marcas permitem inclinar mais a tela e, com isso, aproveitar melhor a interface do Windows 8 voltada ao toque. O uso prolongado dos dedos em painéis verticais causa incômodo, principalmente no braço e no ombro.

O Envy 23, portanto, não é recomendado para quem deseja tirar bom proveito da nova interface do Windows.

Mas isso não quer dizer que sua touchscreen seja inútil. Às vezes, por exemplo, é mais rápido e fácil tocar na tela do que localizar e movimentar o cursor do mouse para clicar no elemento desejado.

Na maior parte do tempo, a touchscreen funciona bem e responde aos comandos sem problemas. Mas gestos feitos com os dedos a partir da borda da tela não raro falham.

REFLEXOS DEMAIS

De resto, a tela decepciona. Sua superfície é demasiadamente espelhada e reflete facilmente tudo à frente dela, mesmo com o nível de brilho no máximo. A qualidade da imagem é mediana, e o ângulo de visão, limitado. E não há botões físicos para acesso rápido a ajustes da imagem (brilho, contraste, cores etc.) e para desligar a tela.

O teclado e o mouse que acompanham o desktop também deixam a desejar. As teclas são frouxas, carecem de firmeza, e o mouse não tem botões adicionais para funções como "voltar".

O Envy 23 oferece poder de processamento bom para tarefas básicas (navegação na web, uso de programas de escritório) e algumas mais avançadas (edição amadora de conteúdo multimídia). Games com gráficos 3D sofisticados podem ser executados, mas não nas configurações máximas de detalhamento visual.

No geral, o desempenho é bom, mas, pelo preço sugerido de R$ 6.499, poderia ser melhor -por exemplo, com um processador mais poderoso, mais memória ou armazenamento híbrido, com SSD (drive de estado sólido).

A Dell vende um modelo semelhante, o Inspiron One 2330, por R$ 3.799.

O Envy 23 oferece recursos de áudio e vídeo diferenciados: um drive óptico que lê e grava discos de Blu-ray (além de DVD e CD), alto-falantes da famosa marca Beats e saída para subwoofer. São úteis para assistir a filmes, mas falta o principal: uma boa tela.

Pelo preço e pelas deficiências que apresenta, o Envy 23 não é, por enquanto, uma boa opção de compra.


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