Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Turismo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Voar de balão no Brasil é mais seguro, afirmam agências

Aeronaves no país costumam levar menos passageiros; na Capadócia, operam, em média, com 20 pessoas

Dica é pesquisar sobre a agência e o piloto; operadores nacionais esperam cancelamentos

GUSTAVO SIMON DE SÃO PAULO

As regras para o voo de balão, por seguirem um padrão internacional, são iguais no Brasil e na Turquia, onde um acidente de balão matou três brasileiras e deixou 22 feridos, na segunda-feira, em Göreme, na Capadócia.

As condições para a prática aqui, todavia, muitas vezes são mais favoráveis.

Isso porque os balões brasileiros são menores.

Na Capadócia, as agências operam com aeronaves para ao menos 20 passageiros, enquanto no Brasil costumam levar de oito a 12 pessoas.

"Quanto maior o balão, maior o peso que carrega e menor o tempo de manobra, o que exige perícia do piloto", afirma Ivan Pinelli, da Trilha no Vento, de Piracicaba (SP).

Outra diferença entre Brasil e Turquia é a quantidade de balões que decolam simultaneamente.

Na hora do acidente, na Capadócia, havia cem balões no ar. Em Boituva (no interior de São Paulo), polo de voos turísticos no país, é raro ver mais de quatro balões juntos.

Com mais aeronaves voando, o risco de choque entre elas aumenta.

"Dois balões podem se encostar livremente, desde que só toquem envelope com envelope [a parte superior do balão]", diz Chico Paulo, dono da Chico do Balão, que voa em Boituva.

Quando o envelope de um balão se choca contra o cesto de outro, como ocorreu na Turquia, problemas graves acontecem. A batida rasga o náilon e gera perda de pressão no envelope, o que compromete o equilíbrio da aeronave e provoca a queda.

Balões só possuem dirigibilidade vertical; sua direção é definida pelos ventos.

Por isso, as regras de subida e descida da aeronave são rígidas. "A preferência é sempre do balão que está embaixo, já que o piloto não consegue enxergar o que está sobre ele", diz Ricardo Almeida, proprietário da Aeromagic, que voa em Boituva.

CANCELAMENTOS

O acidente na Turquia deve ter repercussão nos passeios no Brasil, segundo cinco agências do interior paulista.

"Esperamos cancelamentos, mas em proporções menores do que as que houve no acidente de Boituva", diz Feodor Nenov Júnior, dono da agência AirBrasil, de Piracicaba (SP). Ele se refere a 2010, quando dois balões caíram, matando três pessoas.

Nos meses seguintes ao acidente --o único grave do balonismo no país--, reservas caíram à metade nas agências ouvidas pela reportagem.

Mas quem já tem voos marcados não deve mudar de planos, segundo Edson Romagnoli, presidente da Confederação Brasileira de Balonismo.

"Para quem vai fazer passeios, só é fundamental pesquisar bem sobre a agência e o piloto", diz ele.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página