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Tome cuidado
Sem falar russo, turista passa dificuldades
Em muitos restaurantes e hotéis, funcionários não sabem inglês; dicionário, mapa e mímica ajudam o viajante
Rússia será sede da Copa do Mundo de 2018 e ao menos o confuso aeroporto deve passar por melhorias
Os mais de 20 anos do fim do socialismo na Rússia não foram suficientes para mudar a estrutura da sociedade.
Poucos se interessaram em fazer cursos de inglês e somente a geração que tem hoje 20 anos começa a perceber que receber bem os turistas é necessário.
Pelas ruas de São Petersburgo, e até mesmo em importantes atrações turísticas, as placas e as informações estão em russo. Os vendedores das lojas só falam na sua língua materna. Em muitos hotéis, também.
A opção é contratar um guia, o que limita a privacidade, ou tentar se entender na cidade aprendendo algumas poucas palavras em russo, munido de dicionário com o alfabeto cirílico ou exercitando a mímica. Geralmente dá certo.
Em alguns lugares modernos, é mais fácil encontrar pessoas que falem inglês, mesmo que sejam poucas palavras, o suficiente para fazer o pedido e explicar que Ronaldo já não é mais o nosso maior ídolo do futebol.
O inglês é um pouco mais frequente em restaurantes da avenida Nevsky, como o Biblioteka, procurados por estrangeiros. Lá, além de garçons que falam a língua, você encontra wi-fi, bebida gelada e comida barata.
Mas, mesmo que ao longo da Nevsky seja fácil encontrar marcas como Subway, McDonald's, Pizza Hut, entre outras, conseguir um adoçante até mesmo em hotéis pode ser um drama. Ainda é considerado um luxo por lá.
Ar-condicionado também é tão raro como gelo para bebida em alguns lugares. Hotéis costumam até desligar o aparelho durante a noite para economizar energia --herança do socialismo.
Como a Rússia será a sede da Copa do Mundo depois do Brasil, em 2018, algumas melhorias devem ser feitas, ao menos no confuso aeroporto, onde, no caos das filas, vídeos mostram como ele deve ficar. Um dia. (DENISE LUNA)