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Albânia, acredite
Um país cercado de montanhas, com lagos azuis e os Alpes logo ali. Suíça? Áustria? Eslovênia? Não, a ex-nação comunista, com suas praias que não deixam nada a dever às da vizinha Grécia
Localizada no sudeste europeu, na pontinha dos Bálcãs, a Albânia raramente é lembrada como roteiro turístico por brasileiros. Porém, assim a como a vizinha Grécia, o país é hoje um destino turístico interessante e barato.
Interessante pois é fácil se surpreender com as belezas da região, seja pelos Alpes albaneses, seja pelas praias de mar verde-esmeralda que não deixam nada a dever às praias gregas ou croatas --isso só para ficar no mesmo pedaço do continente.
E barata porque lá um jantar, com vinho, custa 700 novos lekes (R$ 16).
A união dos preços baixos com a bela costa levou o jornal inglês "The Guardian" a incluir o sul do litoral albanês --já chamado por viajantes desbravadores de "próxima Croácia"-- entre as 20 melhores praias para serem visitadas neste ano.
Assim, a fama de "país esquecido" que tem entre os europeus --talvez por ter vivido os últimos anos do século passado sob um regime comunista de caráter isolacionista, que rompeu com EUA, União Soviética e China--, pode estar acabando.
Mas, enquanto ela perdura, traz vantagens: por ser ainda pouco visitado, não há filas intermináveis em museus e castelos; as praias, mesmo na alta estação, não parecem o Maracanã em dia de final.
Outro ponto positivo para a Albânia, que é do tamanho de Alagoas (28 mil km2): com seus 450 quilômetros de litoral, é o segundo país da Europa com mais dias de sol --só perde para a Espanha.
PRIMEIRO CONTATO
Uma boa introdução à cultura albanesa é por meio do escritor Ismail Kadaré.
Albanês, cotado mais de uma vez ao Prêmio Nobel de Literatura, retrata o país em seus livros --quem não gostar de ler pode recorrer ao filme "Abril Despedaçado", adaptação de obra de Kadaré filmada no Nordeste brasileiro por Walter Salles.
