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Turismo

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Dia a dia em um navio

ANTONELLA KANN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GALÁPAGOS

Acordar cedo e seguir a rotina elaborada por guias de turismo fazem parte da viagem a Galápagos. Para o turista que vai de barco ou de avião, o importante é respeitar a fauna e a flora.

Confira nesta página relato de repórter que visitou o destino a bordo do navio M/V Legend, com capacidade para cem passageiros e que levava apenas 35 viajantes. A viagem durou, no total, cinco dias. A navegação --foram percorridas 300 milhas náuticas (555 km)-- era feita majoritariamente à noite.

DIA 1
Após as explicações sobre cuidados a bordo, toca o sino e temos que estar a postos, colete na mão, para entrar nos botes e zarpar rumo às atividades do dia. Pisamos na minúscula ilha de Bartolomé, que mede cerca de 1 km². De cara, a gente se depara com vários leões-marinhos e pinguins. No programa, um banho de mar para começar, com direito a snorkeling e, melhor ainda, a oportunidade de nadar ao lado de leões-marinhos. A água é morna e calma. Só que, além das inofensivas criaturas, tem... tubarões. Que não consideram os homens comestíveis. Acreditamos no que diz o guia. À tarde, depois da "siesta", nos preparamos para outro passeio: uma excursão a pé pelo outro lado da ilha. Após galgar os degraus que nos separam do mirante, a gente se debruça sobre vários topos de vulcões e praias.

DIA 2
Nem amanheceu ainda. Uma voz anuncia, em inglês e espanhol, que são 6h45 e que em 15 minutos o café da manhã será servido. Mal se passam os 15 minutos e a voz avisa que "já" são 7h! Como em qualquer lugar onde o programa envolva a presença de animais selvagens em seu habitat, nós, turistas, precisamos obedecer ao relógio deles. Em suma, tem que madrugar. Hoje, o bote nos leva até a ilha Isabela, para ver iguanas. Caminhamos um atrás do outro por uma trilha pedregosa e esbarramos com algumas matronas gigantes lagartixando nos rochedos. À tarde, vamos à ilha Fernandina, também chamada Punta Espinoza. É particularmente única para os fãs de vulcões (a última erupção foi em 2005 e pode ter outra a qualquer momento).É a terceira maior e a mais nova ilha do arquipélago, além de ser o eldorado dos leões-marinhos. Fofos mesmo são os bebês!

DIA 3
Desembarcamos para um novo passeio por lindas praias cravejadas por pedras vulcânicas. O mar continua revolto e durante a travessia o navio sacolejou bastante. Novamente, observamos iguanas, leões-marinhos e muitos pássaros. À tarde, quem gosta de fazer snorkeling teve a oportunidade de praticar o esporte na ilha de Rábida. Com seus tons avermelhados, temos diante dos olhos uma paisagem impressionante. O objetivo de quem vai nadar é conseguir ver as tartarugas e os tubarões. No entanto, quem se aventurou voltou meio frustrado, pois fora algumas iguanas pescando debaixo d'água, não havia muita agitação.

DIA 4
Fomos conhecer Porto Ayora, capital da ilha de Santa Cruz. É famoso por ser o local onde fica a reserva de tartarugas gigantes. No entanto, como estava muito quente, o passeio foi um pouco maçante --longas explicações sobre a vida deles e como estão se extinguindo. À tarde, o passeio nos conduz para o interior da ilha, com direito a visitar uma caverna escavada pela lava e, em seguida, uma excursão a pé pela reserva das tartarugas gigantes criadas num campo de vegetação rasteira, mas tão enlameado que até nos emprestaram botas. Assim como as espécies que se adaptaram a Galápagos, me senti naquele momento um pouco imbuída do espírito de Darwin --nós, humanos, também tivemos que nos adaptar aos ambientes deste incrível arquipélago para conseguir tirar proveito dos seus encantos!


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