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Tomada lá e cá
Conheça os padrões de plugue elétrico nos países mais visitados por brasileiros --e saiba por que eles não são iguais em todo lugar
Qualquer turista contumaz já deve ter anotado no "check list" de bagagem um adaptador de tomadas. O padrão brasileiro de plugue, usado em equipamentos como o carregador de notebook, não é, digamos, muito popular.
Melhor ainda são os modelos universais: quem viaja à Argentina não encontra a mesma tomada se passar as férias seguintes na Inglaterra.
A confusão tem explicação: na época em que reuniões para decidir um plugue universal seriam realizadas, a Segunda Guerra Mundial estourou; enquanto as conversas não foram retomadas, cada país criou seu padrão.
De lá para cá, 14 tipos de plugue foram patenteados em diferentes locais --alguns, como o americano, copiados em mais de 40 países.
"Por isso, a possibilidade de universalização é vista hoje como muito remota", diz Reinaldo Lopes, professor de engenharia elétrica da FEI.
Um dos padrões imaginados para ser o universal, aliás, é muito semelhante ao adotado pelo Brasil desde 2010 (batizado de tipo N).
Mas ele está entre os menos usados no mundo; além do Brasil, só existe na África do Sul --o H é o menos popular, exclusivo de Israel.
Por trás do design de um plugue com dois ou três pinos não há decisões propriamente técnicas. "Leva-se em conta a segurança, mas o pino chato usado no padrão americano, por exemplo, não é necessariamente mais seguro do que o redondo do plugue europeu", diz Lopes.
São mais decisivas para evitar acidentes medidas como a do plugue N, desenhado para ser encaixado em uma tomada com concavidade.
Para facilitar a vida do turista, a Folha levantou, com base nas informações da Comissão Eletrotécnica Internacional, os padrões de tomadas usados nos 20 países mais visitados por brasileiros --segundo estimativas da OMT (Organização Mundial do Turismo) e da Embratur.
Veja também uma seleção de adaptadores universais para colocar na mala.