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Para repórter, tour em Peruíbe atrás de ETs dá frio na barriga

Na pedra da Serpente, no litoral paulista, tem o que ufólogos acreditam ser portal usado por alienígenas

'Uma vez veio uma luz que se desfez em três. Aquilo não é normal', diz Tedy Jony, dono de bar que turistas visitam

ANA KREPP DA ENVIADA A PERUÍBE (SP)

Num fim de semana de agosto, a reportagem da Folha acompanhou uma excursão ufológica instituída oficialmente pela Prefeitura de Peruíbe em 2010, dois anos depois que a cidade entrou na rota de ufólogos e curiosos.

O roteiro, com sete pontos principais, foi percorrido em um dia por nove pessoas e guiado por Eduardo Ribas, dono da agência Na Trilha da Jureia, indicado pela prefeitura como organizador dos passeios ufológicos.

O ponto de encontro foi no bairro do Guaraú, local afastado cerca de seis quilômetros do centro da cidade, onde normalmente acontecem as vigílias em Peruíbe.

De van, os participantes seguiram rumo aos sete pontos, a ouvir relatos de avistamentos. O próprio motorista, Mauro Souza, contou ter visto luzes vermelhas que "formavam figuras geométricas no céu" de Peruíbe.

No local onde aconteceu um suposto pouso de espaçonave em 2008, um matagal no bairro de São José, moradores e comerciantes se entusiasmam ao contar o que presenciaram na ocasião.

"Uma luz vermelha desceu e parou no brejo, depois da meia-noite. Os cachorros latiram, teve um blecaute e um barulho tipo o de furadeira. No dia seguinte, as plantas estavam amassadas", conta Angelina Aparecida, dona de um comércio no local.

Hoje, não há sinais de que aquela vegetação um dia esteve amassada, como expõem as fotos que o guia nos mostrou. Dá um friozinho na barriga estar num local que, pelo sim, pelo não, pode ter recebido extraterrestres.

Mais adiante, na praia no Costão, fomos à barraca de Tedy Jony. "Uma vez veio uma luz grande que se desfez em três. Aquilo não é normal", conta ele.

Aquele trecho da praia ainda não tem iluminação, talvez por isso, sugere Tedy, apareçam luzes estranhas. E o senhor tem medo? "A gente pega boi e põe no curral, né? Quem sabe o que eles queiram não é fazer o mesmo com a gente?"

TELESCÓPIO

No fim do dia, o grupo foi a uma pousada simpatizante do assunto para assistir a um documentário sobre os fenômenos extraterrestres na região ("Sinal Verde", que pode ser visto em bit.ly/1r8hmrP).

E ali o grupo engordou --com a presença de pessoas que fazem vigílias uma ou duas vezes ao mês e discutem o assunto em fóruns-- e ficou com cerca de 20 integrantes.

Entre eles, o ufólogo Jamil Vila Nova, que carregava um telescópio, dois lasers com alcance de 50 km a 80 km (usados, segundo ele, para comunicação "com o céu") e uma câmera fotográfica.

Na praia, um casal, que viajou de São Paulo até a praia para a vigília, juntou-se ao grupo. "Acho que vai valer a pena passar a noite aqui, observando o céu, de repente aparece algo", conta o gerente de compras Erick Kamimura, 29.


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