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Paris

Acervo desnuda o erotismo em rota do sagrado ao profano

Localizado em Pigalle, perto do Moulin Rouge, local tem mais de 2.000 peças distribuídas por sete andares

Instituição possui uma das mais importantes coleções dedicadas às 'maisons closes', bordeis interditados em 1946

ANA CAROLINA DANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS

O Museu do Erotismo de Paris é um desses lugares em que se deve entrar com a mente aberta, sem inibições.

Instalado no efervescente bairro de Pigalle, entre sex shops e lojinhas de suvenir, a poucos passos do célebre cabaré Moulin Rouge, o museu tem um acervo de cerca de 2.000 peças dedicadas à expressão do erotismo em suas mais diversas facetas.

Pênis coloridos, falos gigantes, talheres que imitam órgãos sexuais e outros objetos curiosos se misturam a esculturas, pinturas, fotografias e documentos históricos num percurso inusitado que vai do sagrado ao profano.

A coleção foi adquirida pelo proprietário do museu, Alain Plumey, em suas viagens pelo mundo.

O acervo conta com uma das coleções privadas mais importantes da França dedicadas às chamadas "maisons closes", os reputados bordeis franceses que foram definitivamente interditados no ano de 1946.

Um dos sete andares do museu é inteiramente dedicado ao tema, com documentos, fotografias e textos reunidos pelo escritor e jornalista francês Romi.

O acervo permanente está distribuído pelos quatro primeiros andares do museu. "Os três primeiros andares trazem obras que refletem a expressão popular ou sagrada do erotismo", explica Alain Plumey.

Algumas peças são bastante raras, como duas cartilhas japonesas do século 18 que ilustram o passo a passo do sexo para recém-casados, e uma máscara mexicana do século 19 cujo nariz é representado por um enorme pênis, enquanto os olhos verdes fazem referência aos colonizadores.

INFERNO

O subsolo, que Plumey chamou durante muito tempo de "inferno", é reservado ao profano, com objetos fálicos de uso cotidiano, vídeos pornográficos antigos e peças inusitadas, como a "cadeira do prazer", com um furo no meio do assento por onde gira uma manivela cravada de línguas.

Os três últimos andares são reservados às exposições temporárias. "Desde sua criação, em 1997, mais de 1.500 artistas já passaram por aqui", conta Plumey.


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