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Berlim

Antiga sede da Stasi tem safári socialista carregado de tensão

Grande atração são os aparelhos originais para escuta, como relógios com gravadores

MICHELE OLIVEIRA EM BERLIM

O Museu da Stasi é o lugar certo para o turista que chega a Berlim em busca de um safári socialista. Localizado no mesmo prédio onde trabalhou a sua diretoria, tem um acervo que ilustra bem como operava a temida polícia secreta da Alemanha Oriental.

Pilar do partido socialista, a Stasi, atuante entre 1950 e 1989, tinha entre suas atribuições combater os inimigos do regime. Para tal, vigiava, perseguia e punia cidadãos diante da mínima (ou nenhuma) suspeição de dissidência.

O trabalho dos agentes, encenado em 2006 no filme "A Vida dos Outros", era possível graças a um eficiente aparato de espionagem.

Vários desses instrumentos originais estão à mostra: relógio de pulso com escuta, tronco de árvore e regador com microcâmera, gravata, paletó e até garrafa térmica com "olhos" e "ouvidos".

É a parte mais curiosa e divertida do museu, reaberto em 2012 após reforma.

No andar de cima, outra grande atração: as salas de Erich Mielke, diretor da Stasi entre 1957 e 1989. Móveis e objetos originais estão praticamente intactos há 23 anos.

O visitante percorre a sala privada do político, de suas secretárias e uma sala de reunião observada por um busto de Lênin. O lugar onde foram tomadas tantas e controversas decisões mantém um silêncio carregado de tensão.

Em outras alas, são exibidas peças de propaganda do regime, listas de atitudes subversivas (jovens eram proibidos de "provocar" adultos com cortes de cabelo "modernos") e perfis de espionados.

Tudo isso só está às vistas do público porque um grupo de cidadãos invadiu a então sede da Stasi em janeiro de 1990, após a queda do Muro de Berlim, para evitar que os arquivos e os documentos fossem destruídos pelos oficiais. Uma aula e tanto.


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