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Guarda-sol novo muda as cores nas areias do Rio
Antigas barracas vermelhas deram lugar a oito padrões em tons pastéis
Em algumas praias, no entanto, o preço do aluguel subiu, como no Arpoador, em que pode chegar a R$ 15
O verão no Rio está mais colorido e sofisticado.
Mais colorido porque estão disponíveis desde dezembro os novos guarda-sóis para aluguel na zona sul -depois do Carnaval, eles se abrirão na zona oeste.
Até o fim do ano passado, o vermelho das barracas oficiais, padronizadas e regulamentadas pela prefeitura dominava a areia. Agora, porém, o banhista tem a opção de escolher entre oito padrões diferentes em tons pastéis, criadas pela OSC Marketing Promocional e inspiradas na paisagem carioca.
Uma cervejaria patrocinou a substituição, em parceria com o município.
INFLAÇÃO DE GUARDA-SÓIS
Comemorada pela maioria dos cariocas, cansados da mesmice dos guarda-sóis vermelhos, a novidade teve, porém, um efeito negativo.
Fez "crescer o olho" de alguns barraqueiros. Mal se pisa na areia e lá vêm eles, oferecendo guarda-sol e cadeira -muitas vezes arranhando um inglês ou "portunhol".
Em alguns casos, o preço do aluguel da sombra passou de R$ 5 para R$ 10 e chegou a até R$ 15 (no Arpoador) nos fins de semana -valores com o triplo de diferença puderam ser achados na mesma praia.
O argumento de alguns deles -concentrados nos pontos mais badalados, como o posto 9- é que foram distribuídas gratuitamente apenas 40 unidades por barraqueiro para o aluguel; antes havia cerca de 60. Ou seja, a mudança os levou a comprar mais barracas.
Para não sair no prejuízo, pode valer a pena trocar de lugar na praia em busca dos preços antigos.
SOMBRA E ESPUMANTE
No entanto, se dinheiro não é problema, pode-se pagar mais (muito mais) para ter não apenas sombra, mas um trecho inteiro da praia exclusivo com regalias como sushi-bar, banheira de hidromassagem e espumante.
No início de janeiro, foi aberto o Aqueloo no forte de Copacabana, promovido como "o primeiro beach club do Rio", nos moldes dos existentes em Ibiza e Saint Tropez.
Mas o local talvez tenha agradado mais aos turistas do que aos cariocas, que sempre se orgulham de dizer que a praia é o espaço mais democrático da cidade.
Nas redes sociais, há protestos contra a ideia. A alegação é a de que, antes, banhistas e surfistas não podiam entrar nessa área militar, agora ocupada pelo clube.
Com 800 metros quadrados, o Aqueloo tem camarotes de luxo (a partir de R$ 5.000, para até 20 pessoas), deques (a partir de R$ 2.000 para dez pessoas), mesas (R$ 500). E, nos fins de semana, esses preços dobram.
A entrada avulsa custa a partir de R$ 120 para homens e R$ 60 para mulheres (R$ 200 e R$ 70, respectivamente, nos finais de semana).
HIGH-TECH
Outra novidade é o QR Rio, projeto que vai entalhar, usando pedras portuguesas, QR codes em placas nas calçadas de pontos turísticos e praias da cidade.
Ao apontar o smartphone ou tablet para o mosaico, o visitante poderá ter informações em tempo real sobre o local onde está.
Os dois primeiros foram inaugurados no Arpoador e, até março, haverá outros disponíveis na pedra do Leme, no mirante do Leblon e na praia de São Conrado.