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"Bloodhound irá de 0 a 1.600 km/h em 55 segundos"
Andy Green, piloto que atingiu o único recorde mundial supersônico de velocidade em terra, de 1.227 km/h, está em São Paulo para apresentar o projeto em que tentará atingir 1.600 km/h, em 2015, na África do Sul.
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Folha - Além de atingir os 1.600 km/h com o Bloodhound SSC, quais são os outros objetivos do projeto?
Andy Green - Para mim, é um desafio técnico e matemático a possibilidade de quebrar o recorde de velocidade com o Bloodhound. Ao pensar na falta de cientistas e engenheiros que temos hoje, acreditamos que, para fazer as crianças se entusiasmarem com ciência e tecnologia, precisamos de programas icônicos. Elas poderão acompanhar os detalhes do projeto, sem restrições comerciais ou militares.
Não estamos desenvolvendo tecnologia para vender, ninguém vai construir um carro como o nosso. Por isso podemos mostrar exatamente o que estamos fazendo. Queremos deixar esse legado para as futuras gerações.
Quais é o principal desafio?
Desenvolver o carro, torná-lo seguro. A cada novo passo precisamos testar a aerodinâmica. Ao pilotá-lo, será preciso ter muito controle para obter uma velocidade específica e checar a estabilidade todo o tempo. Há muito a fazer no cockpit, assim como lidar com a aceleração. E terei muito pouco tempo para fazer tudo na hora e na ordem corretas.
Há riscos após a largada?
Se nós conseguirmos manter as rodas no chão e se o solo estiver totalmente limpo, nós teremos resolvido os principais riscos. Não haverá obstáculos para colidir, nem trânsito. A única coisa com que temos de nos preocupar é com animais selvagens, e isso será checado antes.