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Farol alto

Taxa zero

Por ser menos interessante para quem vende, é natural que marcas usem essa estratégia só como chamariz

Sempre que uma fabricante de automóveis se vê obrigada a oferecer financiamentos com taxa zero, lágrimas escorrem na contabilidade.

Antes, isso só ocorria quando era preciso reduzir os estoques. Hoje, a "guerrilha de mercado", como define um executivo do setor, faz as marcas optarem por essa modalidade de crédito. Sem isso, perderão vendas.

No início, os parcelamentos sem juros tinham, no máximo, 12 prestações. Hoje, planos de 36 meses já são comuns --mediante uma polpuda entrada, é claro. Há tarifas que incidem sobre essa modalidade de crédito, mas, ainda assim, há vantagem para quem compra.

Já as fabricantes estimam perder cerca de R$ 6 mil por carro no caso de modelos que custam R$ 70 mil. É o que deixam de ganhar considerando toda a cadeia que envolve o processo de comercialização nos planos de taxa zero mais longos.

Por ser menos interessante para quem vende, é natural que as marcas optem por usar tal estratégia apenas como chamariz. Uma vez na loja, o cliente é apresentado a outros planos que podem até parecer mais vantajosos, mas devem ser analisados com lupa.

Por exemplo: caso opte por um financiamento convencional (com juros), o cliente poderá receber uma avaliação melhor de seu carro usado. Nesse caso, é preciso calcular se essa composição de valores será mais interessante do que juntar um pouco mais para melhorar o valor de entrada.

Outra estratégia é aplicar um bom desconto sobre o preço de tabela para pagamento à vista. Nessa hipótese, clientes que possuem aplicações financeiras devem calcular se os rendimentos durante o período do financiamento serão maiores que a redução de preço proposta.

Não há ilícito nessas práticas comerciais, tudo faz parte da regra do jogo. Mas o consumidor inteligente controla a ansiedade e compara tudo, sem se esquecer de simular o quanto terá de desembolsar caso queira antecipar a quitação do bem.


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