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Extra forte
Versão mais potente da Ducati Monster chega ao Brasil no meio do ano; motor 1.200 gosta de trabalhar em rotações elevadas
A Monster salvou a Ducati da falência. Há duas décadas, época em que a marca italiana fabricava apenas motos superesportivas, essa naked equilibrou as contas com seu bom desempenho nas ruas e, principalmente, no mercado.
Desde então, recebeu 22 versões diferentes e teve mais de 275,4 mil unidades vendidas mundo afora.
Após o grupo Volkswagen comprar a Ducati, em 2012, a empresa recuperou seu poder de investimento. Maior sinal disso é a chegada de uma opção mais poderosa da Monster, a 1200.
A novidade foi avaliada na ilha de Tenerife, Espanha, onde encarou 200 quilômetros de estradas sinuosas.
Premiada como moto mais bela no Salão de Milão de 2013, a "big Monster" surpreende pela capricho com detalhes e acabamentos.
O motor refrigerado a líquido é o mesmo dois cilindros em "L" da irmã Multistrada, porém, com mudanças eletrônicas. A potência baixou de 150 cv para 145 cv na versão Sport testada, com 12,7 kgfm de torque a 7.250 rpm.
Seu funcionamento é suave em altos giros, mas o propulsor vibra bastante quando precisa trabalhar em baixas rotações.
O peso bem distribuído ajuda na hora de acelerar, deixando a moto menos arisca. Apesar de ter 182 quilos, a naked revela-se leve quando em movimento.
Visualmente, a Monster 1.200 S tem detalhes como para-lama de fibra de carbono, bengalas douradas e duas opções de pintura: vermelha ou branca.
Há uma boa dose de conforto mesmo sobre pisos ruins, e sua capacidade de esterço facilita as manobras de estacionamento.
Somado às pedaleiras avançadas e ao assento com regulagem de altura, o guidão alto e recuado proporciona uma posição relaxada de pilotagem. O formato do tanque (de 17,5 litros) facilita o encaixe das pernas.
PACOTE DE SEGURANÇA
As duas versões da Monster (há também uma opção com 135 cv) são equipadas com o pacote Ducati Safety, que engloba controle de tração (com oito níveis de atuação) e freios ABS de última geração.
Por meio de três modos de condução distintos, esses sistemas trocam informações e elevam o nível de segurança.
Indicado para usar a moto na cidade, o nível Urban restringe a potência a 100 cv, deixando o motor mais suave e econômico.
Mas a Monster 1200 tem seus pecados. Um deles é o acelerador eletrônico muito leve, que exige atenção para não exagerar na dose.
Outro problema é a falta de um marcador de combustível, apesar de a moto trazer um painel colorido de cristal líquido (LCD) que informa até o consumo médio.
A Monster 1200 chega ao país no fim do 1º semestre. Os preços previstos começam em R$ 57,5 mil, e a versão testada deverá custar R$ 68,9 mil. A configuração 796 (87 cv) continua à venda, por R$ 33,9 mil.
