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teste folha-mauá
BMW 320i é testado com gasolina e etanol
Primeiro modelo a conciliar motor turbo com tecnologia flex será produzido no país a partir do segundo semestre
Sistema Start-Stop, que desliga o motor em paradas de trânsito, não funciona se houver apenas álcool no tanque
A potência e o desenho são os mesmos. A diferença visual está em uma plaqueta colada na traseira, perto da lanterna esquerda: ActiveFlex. Isso revela ao mundo que o primeiro motor turbo que pode beber etanol ou gasolina chegou, a bordo do 320i, o BMW mais vendido do país.
A mudança é um típico caso em que a engenharia precisa esmerar-se para acompanhar o mercado. A Série 3 será produzida na fábrica da BMW em Santa Catarina, que começa a operar no segundo semestre. Seria um "tiro no pneu" ignorar a predileção dos consumidores brasileiros pelos bicombustíveis.
No teste Folha-Mauá, o 2.0 16v flex (184 cv) mostrou uma discretíssima melhora de desempenho e bons números de consumo.
A medição com etanol puro poderia ter sido melhor, mas o sistema Start/Stop, que é item de série, só funciona quando há mais de 30% de gasolina na mistura de combustíveis dentro do tanque.
No resto, tem-se o mesmo carro agradável de sempre, que reina sozinho enquanto a nova geração do Mercedes Classe C -que também será flex e nacional- não chega.
A Série 3 atual preserva a dirigibilidade elogiável de um bom BMW com oito marchas e concilia isso a uma suspensão mais tolerante aos buracos. O espaço também melhorou, embora o túnel da transmissão atrapalhe a vida de um quinto ocupante.
De acordo com a tabela, o 320i ActiveFlex custa a partir de R$ 133.950. O preço é justificado pelo o que não se vê, como os diferentes modos de condução que podem ser selecionados ao toque de um botão no console. Por meio dele, é possível ter um carro esportivo ao acelerar e frugal ao beber combustível.
Já o que se vê pode decepcionar clientes que priorizam o conforto. Por exemplo, o controle automático de velocidade de cruzeiro não está na lista de equipamentos. Já o navegador por GPS faz parte do pacote GP, que eleva o preço do carro em R$ 10 mil.
Também não há sensores para acendimento dos faróis, só disponíveis a partir da versão 328i (R$ 189.950), que traz o mesmo 2.0 turbo, porém com 245 cv. Em breve, essa opção também ganhará tecnologia flex, e, se seguir a lógica do 320i, deverá manter a potência.
