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Asiáticos se dividem entre razão e emoção

Modelos se tornaram símbolo de confiabilidade, qualidade e status

Corolla e Sentra miram no público conservador; Civic e Elantra querem atrair compradores de perfil mais esportivo

DE SÃO PAULO

Em Décadence Avec Élégance', Lobão canta que "é melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez". O músico não deve ter um Sentra na garagem. O sedã japonês não é para quem corre riscos, e isso dá para notar não só antes, mas também depois de dar a partida.

Sóbria, a cabine esbanja espaço e traz o trivial do segmento. No painel, as informações são exibidas sem grandes vaidades.

Dirigir o Sentra também não eleva os batimentos cardíacos, como mostram os números de aceleração e retomada. O câmbio CVT funciona bem quando se anda devagar, mas, numa investida mais forte no acelerador, assume que ser rápido não é com ele.

Tais características seriam defeitos se o Nissan pretendesse ter alguma esportividade, o que não é o caso. Não vem escrito no manual do proprietário, mas seu foco é outro --e quem sai da loja com esse modelo sabe que encontrará conforto e tranquilidade. De quebra, seu porta-malas passa dos 500 litros, e o preço é convidativo.

PRAGMÁTICO

O Corolla segue quase na mesma linha. Símbolo do pragmatismo sobre rodas, o Toyota não abriu mão da pegada conservadora; apenas se atualizou na missão de ser um sedã eficiente e confiável.

Tanto que as principais evoluções estão no espaço interno e no câmbio, agora um CVT de sete velocidades.

O número de marchas prioriza o consumo: mesmo pesando exagerados 1.695 kg, o Corolla foi o mais econômico no teste Folha-Mauá.

A cabine da versão XEi é formada por contradições. Ar-condicionado digital, bancos forrados em couro e central multimídia dividem espaço com certos descuidos. Os botões do ar-condicionado têm aspecto pobre e a alavanca de abertura do tanque de combustível parece coisa de carro barato. O volante também tem um problema: é ligeiramente torto (o braço esquerdo fica mais esticado para alcançar a peça).

RAZÃO E EMOÇÃO

A estreia do Elantra, em 2011, foi cercada de expectativa. Os sul-coreanos vinham obtendo bons resultados em vendas, e os preços estavam alinhados aos dos rivais. Porém, as regras de importação mudaram, elevando os valores para perto de R$ 100 mil.

Os atuais R$ 83,4 mil cobrados ainda são altos, mas ao menos o Hyundai entrega mais do que o Toyota equivalente. Há banco elétrico para o motorista, ar digital "dual zone" e controle de estabilidade (ESP), itens indisponíveis no Corolla XEi.

A experiência ao volante é agradável. A direção do Elantra tem um equilíbrio ímpar entre leveza e precisão, a cabine é bem desenhada e o acabamento, exemplar.

Câmbio e motor conversam bem, mas seus 178 cv garantiram apenas números ligeiramente superiores aos dos rivais. A suspensão agrada em pisos decentes, mas podia ser mais suave sobre irregularidades.

O Civic também foi atualizado recentemente, de maneira mais discreta. Atualmente fora dos holofotes da Honda (que acabou de mexer no Fit e se prepara para lançar o City 2015), o sedã ganhou rodas aro 17 e grade frontal renovada na versão LXR.

Mas permanece como referência em dirigibilidade. Isso é resultado da combinação de suspensão traseira independente, direção precisa e ótima posição de guiar. O ponto fraco é a caixa automática de cinco marchas, que, diante da evolução dos câmbios, ficou quase tão obsoleta quanto as opções de quatro velocidades.


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