Descrição de chapéu Lollapalooza

Dinamarqueses do Volbeat unem Elvis com metal e se dão bem com a plateia

Com dez minutos de atraso, o quarteto dinamarquês encontrou um público ainda pouco numeroso

Marco Aurélio Canônico
São Paulo

Uma mistura de Elvis Presley e Johnny Cash com Slayer e Metallica. É assim que o Volbeat se apresenta, desde seu logotipo: uma caveira com o clássico topete dos roqueiros dos anos 50. E o resultado funciona, como a banda mostrou na tarde desta sexta (23), no palco Onix, do Lollapalooza.


Entrando em cena às 15h30, com dez minutos de atraso, o quarteto dinamarquês encontrou um público ainda pouco numeroso ---foi possível assistir a mais da metade do show sentado perto do palco.


Eram poucos, mas pilhados, e mostraram desde o início que o Volbeat tem seus fãs por aqui -- "The Devil's Bleeding Crown", a canção de abertura, ganhou um coro de acompanhamento da plateia.


Vestido todo de branco -- uma boa ideia, no calor brasileiro, e totalmente anti-estereótipo ---, o vocalista e guitarrista Michael Poulsen mostrou-se simpático e interativo, visivelmente feliz com a boa recepção. "Essa é nossa primeira vez no Brasil, o que vocês estão achando? Vocês parecem felizes, e nos fazem felizes. Muito obrigado pelo apoio."

Volbeat se apresenta  no primeiro dia do Lollapalooza
Volbeat se apresenta no primeiro dia do Lollapalooza - Ricardo Matsukawa/UOL

Seus companheiros --o guitarrista Rob Caggiano, o baixista Anders Kjølholm e o baterista Jon Larsen--- ativeram-se aos instrumentos, e não fizeram mal.


Os dinamarqueses acrescentam o peso do metal a canções com nítida influência do pop dos anos 1960 (vide "Lola Montez") e do country (como "16 Dollars"). Para deixar ainda mais evidente suas influências, a banda emenda a introdução de "Ring of Fire", de Johnny Cash, com sua "Sad Man's Tongue".


Após mais uma série de agradecimentos e elogios ao público -- àquela altura, já bem mais numeroso ---, a banda se despediu com  "Still Counting", um exemplo perfeito do que o Volbeat faz: uma canção que começa como um pop radiofônico e descamba para a grosseria thrash


O público reagiu com rodas, gritos e pula-pula. Um encerramento adequado para o que possivelmente será o show mais pesado do dia ---e, ainda assim, pop.

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