Morreu, aos 93 anos, o arquiteto Gian Carlo Gasperini na noite desta quarta-feira (15), após complicações causadas por uma pneumonia.
Ele, que é autor de algumas das obras mais importantes do Brasil, estava há dois dias internado no hospital Albert Einstein devido à inflamação nas vias respiratórias.
Nascido em Nápoles, na Itália, Gasperini se mudou para o Rio de Janeiro em 1949, onde se formou em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ele se mudou para São Paulo para trabalhar com o francês Jacques Pilon e, nos anos 1960, começou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Nesse período, montou o escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos em 1962 —na época, com o nome Croce, Aflalo & Gasperini, junto com Plinio Croce e Roberto Cláudio dos Santos Aflalo.
"Foi um privilégio estar com ele por tanto tempo, tanto no lado profissional quanto pessoal. Ele se tornou um legado muito significativo para a arquitetura", diz Aflalo.
Entre seus principais projetos, estão o edifício Pauliceia, o Tribunal de Contas do Município de São Paulo e os edifícios-sede da IBM e do Citibank em São Paulo.
Ele também é responsável pelo projeto do edifício Peugeot, em Buenos Aires, vencedor do concurso internacional patrocinado pela União Internacional de Arquitetos e feito em colaboração com Plinio Croce, Roberto Aflalo e Eduardo Patrício Suarez.
Gasperini também lecionou na pós-graduação da Universidade de São Paulo e se dedicou à pesquisa na área de projetos de edificações.
Em 2010, o arquiteto recebeu o tíulo de cidadão paulistano e, em 2015, foi homenageado pela Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA, pelo conjunto de sua obra.
Ele deixa a mulher, Vera Maria Prado Guimarães, o filho, Carlos Gasperini, e os netos Gabriela e Renato Gasperini.
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