Morte de Marília Mendonça emplaca o termo 'feminejo' no The New York Times

'Ela foi muito cedo', destacam Fox News e outras, sobre a cantora de 26 anos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A morte da cantora Marília Mendonça foi noticiada pelo The New York Times, um dos mais importantes jornais dos Estados Unidos e do mundo.

Assinado por Vimal Patel e Flávia Milhorance, o obituário apresenta a cantora como uma das mais populares cantoras pop brasileiras, também conhecida como "the queen of suffering" –ou a rainha da sofrência, em português. O jornal nova-iorquino levou sua foto à home page, assim como fez o Washington Post.

O texto apresenta o sertanejo como "um tipo de country brasileiro, muito popular no país". "Sua legião de fãs encontrou poder nas letras de suas canções, que imploravam às mulheres que recusassem relacionamentos abusivos e contavam histórias de personagens imperfeitos", escreveram sobre a cantora.

A reportagem também marca a primeira vez que o veículo usou a palavra feminejo, em português mesmo, para explicar o gênero musical de Mendonça. O termo aparece na citação de um artigo de 2019 da NPR, a National Public Radio, também dos Estados Unidos, sobre a cantora que o jornal replica.

Segundo a NPR, "algumas pessoas em círculos mais cosmopolitas do Brasil desprezam a música de Mendonça, tida por eles como brega ou cafona". Mas o veículo lembra que as canções de Mendonça "apresentam uma perspectiva feminina pouco ouvida na cultura machista do sertanejo, o que a transformou na principal voz de um subgênero chamado feminejo –música por e para mulheres".

O site da Fox News compartilhou seu vídeo no aeroporto, que ela publicou pouco antes do acidente, e destacou no alto de sua página principal que "ela foi muito cedo". É a mesma fotografia que surgiu no alto da primeira página do site da CNN, assim como no New York Times e no Washington Post, tirada por Will Dias e distribuída pela Associated Press.

A cantora brasileira surgiu nas páginas iniciais de veículos populares como os britânicos Daily Mail e Mirror, sublinhando seus prêmios e sua juventude, além da americana People.

Na Argentina, também na página principal, o La Nación falou em "tragédia" e "comoção" no Brasil, e o Página 12 disse que o país "chora a trágica morte". O Clarín destacou a reação emocionada do jogador Neymar. O espanhol El País destacou a morte da "famosa cantora de sertanejo".

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.