Joe Rogan critica escola do filho por pregar antirracismo em email sobre George Floyd

Colégio da criança enviou comunicado sobre a questão à época do caso de violência contra o homem negro

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São Paulo

O apresentador de podcast Joe Rogan criticou a atitude da escola onde seu filho estuda, no estado americano da Califórnia. A instituição, por meio de um email enviado aos pais dos alunos após a morte de George Floyd, declarava que é preciso ser antirracista, e não apenas não ser racista.

Joe Rogan, produtor do podcast de entrevistas, veiculado no Spotify, "The Joe Rogan Experience" - Carmen Mandato/AFP

A afirmação de Rogan aconteceu no episódio de seu podcast, The Joe Rogan Experience, em que ele entrevistava o dramaturgo e cineasta David Mamet, lançado nesta terça (5) no Spotify.

"Meu filho tinha só nove anos à época. O que isso significa?", perguntou Rogan. "Essas crianças não são racistas. Assim, elas têm todos os tipos de colegas diferentes. É tipo assim: 'Eu gosto desta pessoa, ela é legal comigo, gostamos de brincar juntos, gostamos das mesmas coisas e vamos embora'. Então dizer a uma criança que você tem que ser antirracista, bem, então elas vão procurar racismo, elas vão procurá-lo para confrontar."

Rogan também disse que, se as escolas quisessem ensinar às crianças que "racismo é estúpido", então ele seria favorável.

Além de podcaster, Rogan é comentarista de UFC e humorista que tem um histórico de falas consideradas preconceituosas. Uma de suas polêmicas mais recentes aconteceu quando o músico Neil Young solicitou que suas músicas fossem retiradas do Spotify, patrocinador do programa de Rogan, que foi acusado de espalhar desinformação sobre a Covid-19.

No episódio do podcast que motivou o boicote de Neil Young, um cientista traça paralelos entre a Alemanha nazista e os Estados Unidos atual, onde a sociedade estaria sendo "hipnotizada" para acreditar em vacinas e nas medidas sanitárias para combater a pandemia.

O caso que suscitou o comunicado da escola do filho de Rogan foi o assassinato de George Floyd, em maio de 2020 em Minnesota, após o policial branco Derek Chauvin tê-lo sufocado com o joelho sobre seu pescoço. A vítima, um homem negro, era acusada de tentar usar cartões ou notas falsificadas em uma loja de conveniência na cidade.

As imagens da agressão, com a voz estremecida de Floyd gritando "eu não consigo respirar", foram registradas por uma pessoa que passava pelo local em um vídeo que se espalhou na internet, dando ao caso repercussão mundial. Inúmeros protestos contra a violência policial e contra o racismo aconteceram depois do episódio, e os três policiais que estavam presentes no momento em que Floyd foi assassinado foram considerados culpados de crimes federais.

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