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12/01/2012 - 14h23

Vinda de haitianos é maior onda imigratória ao país em cem anos

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DA ANSA, EM SÃO PAULO

O terremoto que abalou o Haiti há exatos dois anos e deixou mais de 300 mil pessoas desabrigadas originou um fenômeno de imigração em massa ao Brasil que pode ser comparado aos êxodos do início do século 20.

O Ministério da Justiça calcula que, nestes dois anos, cerca de 4.000 haitianos tenham cruzado a fronteira de países vizinhos ao Brasil e alcançado municípios dos Estados do Acre e do Amazonas.

Segundo o Itamaraty, essa situação só é comparada historicamente à imigração de italianos e japoneses, que aportaram no país ainda no período imperial e nos primeiros anos da República.

Hoje, o CNIg (Conselho Nacional de Imigração), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, deve acatar a proposta do Palácio do Planalto de regularizar a situação dos haitianos que já cruzaram a fronteira e impor limites ao movimento demográfico.

Entre as determinações que podem ser aprovadas na reunião dos conselheiros desta tarde está a adoção de um limite de concessão de até 100 vistos condicionados --que permitem ao imigrante provar vínculo trabalhista no Brasil em um prazo de cinco anos-- por mês por parte da embaixada brasileira no Haiti aos haitianos que ainda pretendem vir ao país.

O critério para a concessão dos vistos deve ser determinado pelo Itamaraty, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O Ministério das Relações Exteriores, no entanto, preferiu não comentar sobre as diretrizes antes de ser divulgado o resultado da reunião do CNIg.

O conselho também deverá regularizar a situação de todos os 4.000 haitianos que já cruzaram a fronteira. Destes, 116 estão com sua situação regularizada.

De acordo com o Ministério da Justiça, em 2011, foram concedidas 1.323 autorizações de residência em caráter humanitário para haitianos.

Segundo o Itamaraty, o governo ainda não possui estatísticas sobre qual ramo a população haitiana imigrante tem vindo trabalhar, nem para quais cidades tem se dirigido após ultrapassar a fronteira e conseguir uma autorização da Polícia Federal.

 

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