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09/05/2012 - 20h24

Europa autoriza repasse de € 4,2 bi para Grécia em meio a crise política

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DA EFE, EM BRUXELAS

Os países da zona do euro decidiram nesta quinta-feira conceder € 4,2 bilhões (R$ 10,5 bi) à Grécia nesta quinta-feira, € 1 bilhão a menos que o previsto no calendário de empréstimos ao país dentro do programa de resgate financeiro internacional.

O conselho de diretores do fundo europeu de resgate (FEEF), reunido nesta quarta-feira em Luxemburgo, acertou a entrega dos € 5,2 bilhões para antes do final de junho, mas nesta quinta-feira só serão entregues € 4,2 bilhões, informa a entidade em comunicado.

"O € 1 bilhão restante não é necessário antes de junho e será desembolsado dependendo das necessidades financeiras da Grécia", acrescenta o comunicado.

A nota lembra que, tal como em desembolsos anteriores, os € 4,2 bilhões serão transferidos a uma conta separada que será usada para o pagamento da dívida grega.

A liberação aconteceu em meio a incertezas sobre a continuidade do acordo financeiro que garantiu o segundo resgate feito pela União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional), em fevereiro, devido à falta de acordo político após as eleições do Parlamento neste domingo.

Os recursos serão para pagar a dívida de € 3,3 bilhões da Grécia ao Banco Central Europeu na próxima semana, mas Alemanha, Finlândia e outros países da União Europeia estão preocupados em liberar o valor para os gregos pelo risco de renegociação do resgate.

FRACASSO

Continuaram nesta quarta-feira as tentativas de formar uma coalizão política na Grécia após as eleições do Parlamento no último domingo (6). O líder do partido socialista Pasok, Evangelos Venizelos, não conseguiu acordo com o esquerdista radical Syriza, de Alexis Tsipras.

"O povo grego quer estabilidade, um governo que dê soluções e não leve o país às eleições nem provoque a saída do euro", explicou Venizelos, que também é ministro de Finanças.

Em seguida, Tsipras anunciou nesta quarta-feira que o Syriza desistiu de constituir um governo de coalizão, já que não conseguiu formar uma maioria "para um governo de esquerdas" oposto à austeridade.

"Não podemos realizar nosso sonho de um governo de esquerdas. Amanhã vou devolver o mandato que o presidente da República me confiou e vamos continuar participando dos procedimentos previstos pela Constituição", disse Tsipras diante de seu grupo parlamentar.

Mais cedo, o líder do partido Gregos Independentes, de direita, disse na quarta-feira que não há apoio parlamentar suficiente para formar um governo de coalizão que se oponha ao plano de resgate financeiro da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

"É um fato consumado que não há maioria suficiente para formar uma frente antiplano de resgate", afirmou Panos Kammenos, líder do partido "Gregos Independentes", que ficou em quarto lugar nas eleições de domingo.

 

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