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Monti recusa convite de Berlusconi, mas não diz se vai concorrer na Itália
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse neste domingo que não pode aceitar o convite do ex-premiê Silvio Berlusconi para liderar a coalizão de centro-direita formada por seu partido, o Povo da Liberdade, na próxima eleição para o Parlamento, em março.
Monti, que pediu demissão no sábado (22), não esclareceu, no entanto, as dúvidas sobre se vai concorrer ou não ao Parlamento italiano por outro partido. Ele, que governou o país por 13 meses, foi apontado como um dos responsáveis por diminuir o efeito da crise financeira italiana.
Em entrevista coletiva, Monti disse que a mudança repentina de pensamento de Berlusconi foi a principal causa de sua decisão. No início do mês, o ex-premiê criticou duramente o governo atual por impor as medidas de austeridade no país, dizendo que o atual chefe de governo era comandado pela Alemanha.
Dias depois, Berlusconi mudou de ideia e passou a exaltar a administração de Monti, afirmando que era um governo responsável por retirar o país da crise e fez a proposta da coalizão ao atual premiê. A alteração aconteceu após o mercado financeiro reagir mal a sua indicação como líder do partido na eleição.
Questionado sobre uma possível postulação ao Parlamento, ele disse que aceitaria desde que viesse de um partido "com credibilidade". Para o chefe de governo, a atual coalizão de centro-direita "não é mais adequada para solucionar os problemas da Itália".
Mario Monti ainda defendeu a continuidade das reformas financeiras e disse que a Itália superou a crise da dívida pública. "Os italianos podem se sentir cidadãos da Europa com a cabeça no alto".
INCERTEZA
A entrevista coletiva não muda a expectativa sobre o futuro político de Mario Monti. A imprensa italiana informou neste fim de semana que o premiê poderia decidir por não participar das eleições ou formar uma coalizão de centro.
Depois da renúncia do primeiro-ministro, o presidente Giorgio Napolitano abriu neste sábado uma rápida jornada de consultas com os porta-vozes dos grupos parlamentares e com os presidentes da câmara dos Deputados e do Senado.
Após estas reuniões, o chefe de Estado anunciou publicamente a assinatura do decreto para dissolver as duas câmaras que formam o Parlamento italiano. Ele disse que não tinha outra solução após o partido de Monti, o Povo da Liberdade, ter tirado o apoio do premiê.
"Restava pouco tempo para aprovar a Lei de Orçamentos para 2013 e, além disso, a legislatura atual já tinha que ser dada por finalizada em fevereiro", afirmou Napolitano ao explicar a dissolução das câmaras.
No sábado, o Povo da Liberdade enviou uma mensagem aconselhando Monti a não se apresentar às eleições.
"Expressamos ao presidente nosso desejo de que, durante a campanha eleitoral, Mario Monti mantenha seu perfil tecnocrata de neutralidade", explicou o porta-voz do PDL no Senado, Maurizio Gasparri, ao sair da reunião com Napolitano.
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