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Novo primeiro-ministro do Japão visita central nuclear de Fukushima
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DA EFE
O novo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visitou neste sábado o centro nuclear de Fukushima para observar os trabalhos de desmantelamento da usina, um trabalho que, segundo a imprensa local, poderá se estender por mais de 30 anos.
"Sua visita à central tem o objetivo de demonstrar o sério compromisso do governo de acelerar a reconstrução das zonas afetadas pelo tsunami e, consequentemente, de contornar a crise nuclear de março de 2011, além de sua aposta na revitalização da economia", assinalaram os assessores do primeiro-ministro à agência de notícias Kyodo.
Vestido com trajes anti-radição, Abe foi ao centro esportivo J-Village, reconvertido em acampamento base para os operários da usina, para se reunir com os trabalhadores que trabalham no desmantelamento da central.
"Sei que o trabalho de desmantelamento (dos reatores da central) é duro. Mas, eles estão avançando bem e tudo o que temos devemos a vocês", afirmou Abe.
Em sua agenda, está previsto que Abe também visite os edifícios da central que contêm as unidades danificadas e se reúna com empregados da operadora da companhia Tokyo Electric Power (TEPCO), que trabalham na retirada do combustível na piscina do reator 4.
Além disso, o primeiro-ministro também visitará os albergues temporários erguidos na província de Fukushima, nos quais se encontram alguns dos cerca de 52 mil desabrigados deixados pela crise nuclear.
Essa é a primeira visita de Abe desde sua posse na última quarta-feira e a segunda inspeção de Abe desde a realizada no último mês de outubro, quando, na ocasião, visitou o local como líder do opositor Partido Liberal-Democrata (PLD).
A visita de hoje despertou dúvidas sobre a política energética que o novo governo de Abe, já que o mesmo nunca adotou uma postura clara a respeito das usinas nucleares, embora tenha se comprometido a tomar uma decisão nos próximos três anos.
A crise nuclear em Fukushima, a pior desde Chernobyl, em 1986, provocou perdas milionárias na agricultura, na pecuária e na pesca do país. No total, cerca de 3 mil pessoas trabalham nas instalações de Fukushima para poder retirar o combustível danificado e desmantelar as unidades afetadas
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