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Israel se desculpa com Turquia por ataque
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DIOGO BERCITO
DE JERUSALÉM
Israel e Turquia entraram em acordo, ontem à tarde, para reestabelecer as relações diplomáticas regulares entre os dois países após um telefonema entre o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu e a sua contraparte turca, Tayyip Erdogan.
Ao telefone, Netanyahu pediu desculpas à Turquia pelos "erros operacionais", "não intencionais", que levaram à morte de nove ativistas turcos em 2010, em uma flotilha humanitária que buscava contornar o bloqueio israelense à faixa de Gaza.
A ação israelense levou, naquela época, à deterioração das relações diplomáticas entre os dois países, com a retirada de diplomatas turcos de Israel. Após os acordos de ontem, os embaixadores voltarão aos postos.
A ligação, com cerca de 10 minutos de duração, foi facilitada por Barack Obama, presidente dos EUA, que encerrou ontem sua visita a Israel depois de ter feito reiterados pedidos pelas negociações de paz no país.
Pablo Martinez Monsivais/Associated Press | ||
Obama presta homenagem a vítimas do Holocausto em Jerusalém, na presença de Shimon Peres e Binyamin Netanyahu |
De acordo com funcionários da administração Obama ouvidos pelo jornal israelense "Haaretz", a ligação ocorreu no aeroporto internacional Ben Gurion e Obama esteve na linha, também, durante algum tempo.
A estabilização das relações entre Israel e Turquia é vista também como um interesse americano, já que os EUA são aliados de ambas essas potências regionais.
De acordo com nota oficial divulgada pelo governo israelense, Netanyahu "contou ao primeiro-ministro turco Erdogan que ele teve boas conversas [com Obama] sobre a questão da cooperação regional e a importância das relações Israel-Turquia".
"O premiê Netanyahu pediu desculpas ao povo turco por quaisquer erros que podem ter levado à perda de vida e concordou em concluir um acordo para compensação [financeira de famílias]."
COOPERAÇÃO
Tradicionalmente aliados, Israel e Turquia mantinham uma relação conflituosa nos últimos anos, devido ao incidente da flotilha. Erdogan insistia que Israel pedisse desculpas pelo ocorrido.
Recentemente, a tensão havia se agravado, conforme o premiê turco afirmou que o sionismo é um "crime contra a humanidade" --sendo duramente criticado por Israel.
Após o acordo inesperado de ontem, os dois líderes concordaram em cooperar em relação à situação humanitária na faixa de Gaza. Israel controla a entrada e saída nesse estreito trecho de terra.
A atitude mais flexível de Israel pode também ter relação com o novo gabinete de Netanyahu, que não tem, por exemplo, ex-chanceler linha-dura Avigdor Lieberman.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Fim da crise |
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