O príncipe Harry disse nesta segunda-feira (6) que é preciso reconhecer o passado do antigo império britânico, mesmo que isso seja desconfortável.
O duque de Sussex e sua mulher, Meghan Markle, participaram de uma reunião sobre justiça e igualdade com membros da associação Queen's Commonwealth Trust, criada pelo casal para conectar jovens dos países do antigo império britânico.
O encontro, que aconteceu por videoconferência, pretendia discutir o futuro da Commonwealth, que reúne as ex-colônias inglesas, à luz do movimento Black Lives Matter (vidas negras importam), que ganhou força após a morte de George Floyd, um homem negro sufocado por um policial branco nos EUA.
Em determinado momento da conversa, Harry disse que a Commonwealth não pode avançar se não reconhecer seu passado.
"Não será fácil e, em alguns casos, nos deixará desconfortáveis, mas temos que fazer porque isso beneficiará a todos", completou o príncipe.
"Nós vamos ter que ficar um pouco desconfortáveis agora, mas apenas por meio desse
desconforto vamos chegar ao outro lado disso e encontrar o lugar onde a maré alta eleva todos os navios", afirmou Meghan. "A igualdade é um direito humano fundamental.”
No início do ano, ela e Harry, neto da rainha Elizabeth 2ª, que lidera a Commonwealth, anunciaram o afastamento "do papel de membros seniores da família real".
Em uma publicação no seu canal oficial no Instagram, o duque e a duquesa de Sussex escreveram que tomaram a decisão após "muitos meses de reflexão e discussões internas".
O anúncio do casal foi uma surpresa para a rainha, que disse a interlocutores não ter sido consultada.
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