A Autoridade Palestina anunciou nesta sexta-feira (5) a morte de cinco palestinos durante ataque israelense a Jenin, cidade ao norte da Cisjordânia ocupada, uma área na qual o Exército de Israel afirma estar em curso uma "operação antiterrorista".
O Ministério da Saúde palestino identificou quatro mortos com idades de 20 a 30 anos. A identidade da quinta vítima não foi informada.
Anteriormente, os militares de Israel disseram que estavam em confronto com homens armados em Jenin e realizaram um ataque com drones, de acordo com o jornal The Times of Israel.
Segundo o ministério, nas últimas 48 horas dez palestinos morreram na Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967.
Além disso, uma criança e uma mulher morreram na segunda-feira (1º) durante um ataque israelense na região de Tulkarem, também no norte do território.
Segundo a agência oficial de notícias palestina Wafa, o campo de refugiados de Jenin foi alvo de uma ofensiva de drones israelenses.
Israel oficializou na quarta-feira (3) o confisco de um terreno de 12,7 km² (o equivalente a 1.814 campos de futebol) na Cisjordânia ocupada. Segundo a ONG Peace Now, que monitora a expansão de assentamentos do país na região, esta é a maior área do território palestino a ser confiscada por Tel Aviv desde a assinatura dos Acordos de Oslo, três décadas atrás.
Ainda de acordo com a organização, a ação faz deste o ano em que Israel mais avançou sobre a Cisjordânia ocupada
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza —desencadeada pelo ataque do grupo terrorista Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos, de acordo com dados israelenses—, a violência aumentou na Cisjordânia.
Segundo as autoridades locais, ao menos 566 palestinos morreram no território palestino em ações de soldados ou colonos israelenses desde o início do conflito, no ano passado.
Ao menos 16 israelenses morreram em ataques no mesmo período, segundo um balanço da AFP baseado em números divulgados pelas autoridades de Tel Aviv.
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