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01/08/2010 - 21h11

Morre nacionalista porto-riquenha que atacou Congresso americano nos anos 50

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DA EFE, EM WASHINGTON

Dolores "Lolita" Lebrón Sotomayor, a líder nacionalista porto-riquenha que dirigiu em 1954 um ataque a tiros contra o Congresso dos Estados Unidos para reivindicar a independência de Porto Rico, morreu hoje aos 90 anos.

O jornal "El Nuevo Día" informou em seu site que Lebrón morreu na manhã deste domingo em um hospital em San Juan, devido a um ataque cardíaco.

A própria Lolita deixou por escrito os detalhes fúnebres e, segundo sua sobrinha, Linda Alonso Lebrón, serão anunciados uma vez os advogados da família estudem seus últimos desejos.

"É uma grande perda para a família e Porto Rico. Era uma pessoa que lutou pelo que acreditava até a morte", disse Linda à imprensa.

Ela foi a principal protagonista do ataque violento contra a Câmara de Representantes dos EUA em 1º de março de 1954, só um ano depois que Washington conseguisse que as Nações Unidas excluíssem Porto Rico da lista de territórios coloniais.

Ninguém morreu no ataque, mas cinco legisladores americanos ficaram feridos.

Lebrón e outros ativistas foram libertados em 1979 após receberem indulto do ex-presidente Jimmy Carter.

PRISÃO

Por causa desse atentado, Lolita passou 25 anos presa nos EUA. Quando compareceu em 1997 diante de um comitê do Congresso de EUA, 43 anos após o atentado, ela, então presidente do Partido Nacionalista de Porto Rico, declarou que a ação armada 'não foi um ato de ódio, foi o terceiro grito de liberdade de um povo ameaçado de extinção'.

Lolita nasceu em 19 de novembro de 1919 em Lares, no sudoeste da ilha. No início da década de 40 emigrou para os EUA onde trabalhou como operária de máquinas de costura.

Ela era delegada do Partido Nacionalista em Nova York quando se uniu aos outros ativistas para entrar à mão armada no Congresso.

Tinha 34 anos quando disparou sua arma de fogo no plenário para reivindicar a independência de Porto Rico.

Em 2001, foi condenada a 60 dias de prisão por uma magistrada de um tribunal dos EUA na ilha por ter entrado sem autorização em terrenos da Marinha americana em Vieques

 

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