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Milhares marcham no Paquistão contra mudança na lei da blasfêmia
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FAISAL AZIZ
DA REUTERS, EM KARACHI
Cerca de 50 mil pessoas de vários partidos religiosos se reuniram em Karachi neste domingo para se opor às mudanças em uma controversa lei da blasfêmia, informou a polícia.
A demonstração de força destaca a dificuldade de reverter a maré de conservadorismo religioso após o assassinato, na terça-feira, do governador da maior província do país, que morreu por apoiar mudanças na lei sobre a blasfêmia.
Salman Taseer, governador de Punjab, foi morto em Islamabad por Malik Mumtaz Hussain Qadri, um de seus próprios guarda-costas.
Syed Munawar Hasan, chefe do Jamaat-e-Islami, disse que não havia necessidade de chorar a morte de Taseer, enquanto o líder do Jamiat-e-Ulema-e-Pakistan, da seita Barelvi, elogiou Qadri como herói do Islã.
"Há um Mumtaz Qadri em cada casa do Paquistão", afirmou Sahibzada Abul Khair Muhammad Zubair à multidão.
A lei sobre a blasfêmia tem sido objeto de muita atenção depois que uma mulher cristã, "Asia Bibi, foi condenada à morte no ano passado sob acusações classificadas por Taseer como falsas.
"Nós não vamos aceitar qualquer mudança nesta lei", disse Fazl ur Rehman, chefe da Jamiat-e-Ulema-e-Islam, grupo religioso pró-Taleban que deixou a coalizão de governo no mês passado após a demissão de um de seus ministros.
Rehman disse que o governo em si é responsável pelo assassinato de Taseer. Se ele tivesse sido demitido do cargo e preso por seus comentários, ainda estaria vivo, disse ele.
"E agora que vocês levaram o caso de Taseer à corte, também temos o direito de defender Mumtaz Qadri."
O forte apoio a Qadri tem desanimado os liberais paquistaneses e aliados estrangeiros, como os Estados Unidos, que veem o crescente extremismo no Paquistão como uma ameaça à segurança.
Embora os muçulmanos não tenham obtido muitos assentos nas eleições, eles têm a capacidade de levar as pessoas para as ruas.
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