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Último líder soviético, Gorbatchov celebra seus 80 anos
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O último dirigente soviético, Mikhail Gorbatchov, celebra nesta quarta-feira discretamente seu aniversário de 80 anos, visto por uns como guia da democracia na Rússia e por outros com rancor pela queda da União Soviética.
Gorbatchov deve receber 300 amigos e parentes em um restaurante de Moscou, capital russa. Mas o principal evento acontecerá em Londres, no Reino Unido, no próximo dia 30 de março --quando membros de famílias reais, personalidades políticas e artistas do mundo inteiro se reunirão no Royal Albert Hall.
A renda do evento, que terá as presenças da atriz Sharon Stone, do cantor Bryan Ferry e do grupo de rock Scorpions, entre outros, será destinada ao centro infantil para o tratamento da leucemia criado pela mulher de Gorbatchov, Raisa, que morreu vítima de câncer em 1999.
Daniel Mihailescu-14.abr.10/AFP | ||
Mikhail Gorbatchov comemorará 80 anos com 300 convidados em um restaurante de Moscou, capital russa |
O respeitado jornal "Kommersant" não dedica nenhuma linha ao aniversário, enquanto o jornal econômico "Vedomosti" analisa em um editorial os motivos da queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), atribuída pela maioria dos russos a Gorbatchov.
"Não foram as reformas de Gorbatchov que provocaram a queda da URSS, e sim os problemas econômicos", afirma o "Vedomosti", ao destacar que o ex-dirigente recebeu uma "herança econômica pesada".
Em Ekaterimburgo, reduto do falecido presidente Boris Yeltsin, rival de Gorbatchov, a avenida Lenin foi rebatizada nesta quarta-feira com o nome de Mikhail Gorbatchov e uma faixa afirma "Obrigado Gorbatchov", informa a agência Interfax.
CRÍTICAS
O ex-líder, que decretou o fim da URSS em 25 de dezembro de 1991, endureceu nos últimos tempos suas críticas contra os governantes russos, aos quais acusa de asfixiar a democracia.
"O monopólio do poder impede o avanço da democracia. É uma pena que os modernos dirigentes russos não sejam muito modernos", avaliou recentemente.
Gorbatchov, que sempre evitou questionar o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o acusou de "vaidoso" por pretender decidir em segredo com o presidente do país, Dmitri Medvedev, qual deles se candidatará às eleições de 2012, sem consultar o povo. "Não é assunto de Putin, mas daqueles que votam", disse.
Além disso, acusou o partido governista Rússia Unida (RU), liderado por Putin, de ser "a pior cópia do PCUS" (Partido Comunista da União Soviética).
Fora da Rússia, Gorbatchov é visto como o homem que deu uma face humana ao socialismo, mas em seu próprio país é para muitos um dirigente que traiu seu povo, já que trouxe a esperada liberdade e depois o abandonou a sua própria sorte.
"Na história de nosso país houve muitas figuras que causaram muito mal à sua pátria e ao seu povo. Mas não há nenhuma mais destrutiva que Gorbatchov", opinou Gennady Ziugánov, líder dos comunistas russos.
"Por que Gorbatchov é tão popular no Ocidente? Porque ajudou a destruir e fazer praticamente desaparecer da face da terra um grande país, com o qual sonhavam muitos líderes das potências ocidentais", disse Ziugánov.
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