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11/03/2011 - 17h23

ONG mantém Cuba em lista de países que bloqueiam a internet

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DA EFE, EM PARIS

A ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras anunciou que decidiu manter Cuba na lista de países que impedem a livre circulação na rede, enquanto a Venezuela entrou para a relação de países sob vigilância e o Egito e a Tunísia foram retirados do grupo de "Inimigos da Internet".

Cuba mantém duas redes paralelas de internet: uma livre, acessível nos hotéis internacionais, e outra muito controlada, que se resume a uma enciclopédia, e-mails internos e sites de informação governamental.

Fora dos hotéis, apenas alguns locais privilegiados têm acesso à rede internacional, objeto também da censura do regime, segundo a RSF.

A RSF revelou que o regime cubano responsabiliza o embargo americano pela má qualidade das conexões, uma desculpa que não poderá ser utilizada por muito tempo porque a ilha estará unida ao continente por um cabo submarino que chegará até a Venezuela.

Mas a organização não espera que essa melhora tecnológica venha seguida de uma democratização no uso da internet.

A estratégia repressiva do país se completa com uma perseguição aos blogueiros críticos ao regime.

"Os internautas cubanos são condenados a até 20 anos de prisão se publicam um artigo julgado 'contra-revolucionário' na internet", ressalta o documento.

DEMAIS PAÍSES

Segundo o relatório anual publicado nesta sexta-feira, junto a Cuba estão Arábia Saudita, Mianmar, China, Coreia do Norte, Irã, Síria, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnã.

Este ano saíram da lista Egito e Tunísia, depois das revoltas que puseram fim aos seus regimes, mas ambos se encontram sob vigilância, da mesma forma que Venezuela, Líbia e França.

A organização revelou que 119 pessoas estão presas no mundo todo por terem quebrado as regras de seus regimes quanto ao uso da internet, a maior parte delas na China.

Cada vez mais, a rede é considerada como um instrumento de subversão, mas também de propaganda oficial, e sua influência na política dos países é crescente, como mostram os casos do WikiLeaks e das revoluções nos países árabes.

CHÁVEZ ATENUA CONTROLE

O governo de Hugo Chávez introduziu pela primeira vez instrumentos de controle na internet no contexto de "tensão crescente entre o poder e os meios de comunicação críticos", afirma o relatório.

O documento informa que esses instrumentos foram introduzidos através de uma "lei repressiva para a internet".

Onipresente nos meios de comunicação tradicionais, o presidente venezuelano "não podia resistir à tentação de monopolizar a internet e regular o espaço cujo controle lhe escapa", revela.

Para a RSF, Chávez entendeu a importância da internet em um país onde quase um terço da população tem acesso à rede.

 

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