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12/08/2011 - 19h22

Weiwei diz a jornal que era vigiado 24 horas por dia

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DE SÃO PAULO

O artista e dissidente chinês Ai Weiwei, libertado em 23 de junho, afirmou nesta sexta-feira ao jornal "The New York Times" que ele ficou preso durante quase três meses em um quarto minúsculo, de onde era observado 24 horas por dia por dois militares uniformizados que revezavam turnos.

Os guardas nunca ficavam a menos de um metro e não saíam de perto nem enquanto Ai dormia, tomava banho e usava o banheiro. "[A prisão] é projetada para ser um tipo de tortura mental, e funciona bem", disse.

O ativista foi detido no aeroporto de Pequim no dia 3 de abril, quando tentava embarcar para Hong Kong, e foi levado pela polícia. Segundo o jornal, ele apareceu em postagens no Twitter como símbolo da arbitraridade do governo chinês.

Ai deixou de postar comentários no Twitter - censurado na China - e firmou um acordo com as autoridades pelo qual, após sua libertação, não podia deixar Pequim nem emitir opiniões na internet.

Uma fonte anônima consultada pelo jornal americano afirmou que o artista foi interrogado mais de 50 vezes, mas nunca foi perguntado sobre questões voltadas a crimes fiscais dos quais era acusado, mas apenas sobre um blog que mantinha, crítico ao regime chinês. Ai afirmou que as alegações de violações fiscais foram usadas pelas autoridades para lhe afastar do ativismo.

Segundo o dissidente, é muito raro alguém ser prego na China por causa de desvios de impostos, o que deveria ser feito pela polícia especializada na área e não pela militar.

Apesar das condições determinadas para sua libertação, Ai já usou sua conta no Twitter para pedir pela liberdade de quatro de seus colegas e mais dois ativistas. Um deles, Ran Yunfei, foi solto horas mais tarde.

 

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