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18/08/2011 - 15h30

Funeral de muçulmanos mortos em distúrbios reúne cerca de 20 mil

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DA FRANCE PRESSE

Cerca de 20 mil pessoas se reuniram nesta quinta-feira em Birmingham, a segunda maior cidade britânica, para uma cerimônia religiosa em memória dos três jovens muçulmanos de origem asiática atropelados por um carro durante os recentes distúrbios.

Matt Dunham/Associated Press
No parque Summerfield em Birmingham, multidão participa de cerimônia para muçulmanos mortos nos distúrbios
No parque Summerfield em Birmingham, multidão participa de cerimônia para muçulmanos mortos nos distúrbios

Homens vestindo roupas tradicionais e outros com camisetas com fotos das vítimas compareceram para homenagear Haroon Jahan, de 21 anos, Shazad Ali, de 30, e seu irmão de 31, Abdul Musavir, atropelados na madrugada de 10 de agosto quando tentavam proteger as lojas e as mesquitas de seu bairro dos saques com outros jovens.

A polícia desta cidade do centro da Inglaterra estimou que cerca de 20 mil pessoas compareceram ao funeral.

"Estas três pessoas são mártires e o melhor que podemos fazer por elas é orar por elas e por nós. Orar pela comunidade", declarou à multidão Shaykh Muhammad al-Yaqubi, um líder da comunidade muçulmana local.

"Três almas preciosas deram sua vida para nos proteger", era possível ler nos telões instalados no local desta cerimônia organizada ao ar livre, perto do local onde as vítimas morreram.

Os três jovens serão enterrados nesta quinta-feira em uma cerimônia íntima.

Suas mortes representaram uma mudança nos distúrbios, sobretudo depois que o pedido por paz do pai de uma das vítimas comoveu o país e permitiu evitar novos confrontos.

"Não quero que nenhum de vocês brigue... Meu filho morreu defendendo a comunidade na qual vivia. Somos parte desta comunidade, então por favor vamos para casa", suplicou Tariq Jahan horas após a tragédia, que matou jovens dispostos a fazer justiça por conta própria.

Quatro pessoas foram acusadas de assassinato.

Os distúrbios registrados em Londres e outras cidades da Inglaterra entre 6 e 9 de agosto, os piores episódios de violência urbana vividos pelo país em 30 anos, deixaram outros dois mortos e muitos danos materiais.

 

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