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Premiê britânico enfrenta rebelião partidária contra a UE
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DA REUTERS, EM LONDRES
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, enfrentou nesta segunda-feira a maior rebelião em seu partido desde o início do seu governo, quando dezenas de parlamentares conservadores manifestaram apoio a um referendo que pode tirar o Reino Unido da UE (União Europeia).
Esse debate já dividiu os conservadores na década de 1990, e Cameron se mostra desesperado para evitá-lo desde que assumiu a liderança do partido, há seis anos.
Dificilmente a proposta do referendo irá passar no Parlamento e mesmo assim ela não tem valor legal. Mas trata-se de um teste para a autoridade do líder conservador, e o assunto pode causar tensões dentro da coalizão, que inclui também o Partido Liberal-Democrata, pró-Europa.
No domingo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse a Cameron numa cúpula da UE que está "cansado de que você nos critique e nos diga o que fazer", segundo relato feito por diplomatas à imprensa britânica.
O chanceler William Hague, ele próprio um "eurocético" conservador, disse que a proposta do referendo vai "completamente contra a política do governo". "Ela criaria uma incerteza econômica adicional neste país, num momento econômico difícil", afirmou o ministro à BBC.
Pelo menos 78 parlamentares, muitos deles conservadores, já aderiram a uma moção em prol da convocação de um referendo sobre a conveniência de o Reino Unido deixar a UE ou renegociar os termos da sua participação. O assunto deve ser votado na noite desta segunda-feira no Parlamento.
Cameron ordenou que os conservadores votem contra, mas o partido está dominado pelos "eurocéticos", para os quais a soberania britânica foi abalada pelas repetidas transferências de poder para Bruxelas.
Eles consideram que a crise da dívida que atualmente aflige a zona do euro (da qual o Reino Unido não participa) seria uma oportunidade de recuperar poderes ou mesmo de deixar a UE. "Há anos criticamos a UE (...), vemos a UE indo pelo ralo. O que temos feito para renegociar nossa posição na Europa? A resposta é: nada", disse à Sky News o deputado conservador Richard Drax.
Partidários do envolvimento britânico na UE lembram que 40% do seu comércio é com a zona do euro, e que deixar o bloco poderia prejudicar a economia e os investimentos estrangeiros.
Com apoio dos aliados liberal-democratas e do Partido Trabalhista, o principal da oposição, Cameron tem praticamente assegurada a vitória sobre os rebeldes. Uma revolta maior do que a esperada, no entanto, pode despertar questionamentos sobre a autoridade dele.
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