Descrição de chapéu Eleições 2024 Datafolha

Datafolha: Marçal cresce entre evangélicos, bolsonaristas, brancos e pardos

Eleitores de 35 a 59 anos e com ensino médio ou superior também ajudaram influenciador a empatar na liderança, desidratando Nunes e Datena

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O influenciador Pablo Marçal (PRTB) cresceu em intenção de votos entre bolsonaristas, evangélicos, brancos e também pardos. Esses grupos puxaram o candidato para cima e o ajudaram a empatar tecnicamente com seus rivais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).

No resultado geral, Boulos lidera numericamente com 23%, seguido por Marçal com 21% e o atual prefeito com 19%.

Os dados são da última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22), que mostra ainda um salto de Marçal entre adultos de 35 a 59 anos, entre pessoas que completaram o ensino médio ou superior e entre quem tem renda familiar de dois a cinco salários mínimos (cerca de R$ 2.800 a R$ 7.000).

O influenciador Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, em debate na Band - Bruno Santos/Folhapress

Quem mais se desidratou nesses públicos, no geral, foi Nunes, com quem o autodenominado ex-coach disputa o eleitor conservador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em alguns casos, porém, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e Boulos também oscilaram para baixo.

O segmento onde Marçal mais avançou foi entre os que se classificam como bolsonaristas. Se no início de agosto ele tinha 25% das intenções de voto nesse grupo, tem agora 46%, ultrapassando Nunes, que encolheu de 37% para 26%.

O mesmo movimento aconteceu entre os eleitores do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que oficialmente apoia o prefeito, assim como Bolsonaro. Nesse público, Marçal saltou de 25% para 41% no período, enquanto Nunes caiu de 42% para 28%.

Todas essas variações aconteceram acima da margem de erro da pesquisa, que nesses nesses grupos é de cinco pontos percentuais, acima dos três pontos considerados para a pesquisa geral. O Datafolha ouviu presencialmente 1.204 eleitores, e a pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, está registrada sob o número SP-08344/2024.

Considerando a religião, os evangélicos foram os que mais ajudaram Marçal a avançar: ali ele cresceu de 18% para 30%, no limite da margem de erro de seis pontos percentuais do segmento. Novamente, é Nunes quem mais oscila (de 26% para 22%), mas também quem pretende votar em branco ou nulo (de 11% para 7%).

No quesito cor da pele, o influenciador sobe entre brancos (de 13% para 21%), prejudicando outra vez o prefeito, e também pardos (de 14% para 24%), grupo no qual quem mais varia negativamente é Datena. Nesses casos, a margem de erro é menor: de quatro pontos entre brancos e cinco pontos entre pardos.

Apesar do apelo jovem das redes sociais em sua campanha, Marçal viu um salto entre os adultos de 35 a 44 anos, que ultrapassaram o público de 16 a 24 anos e se tornaram seu principal eleitorado. Nessa faixa mais velha, ele saiu de 16% para 32% das intenções de voto, outra vez tirando votos de Nunes e Datena.

O empresário também viu um crescimento no grupo entre 45 e 59 anos, onde passou de 7% para 19% dos votantes, novamente no limite da margem de erro que é de seis pontos. Desta vez, quem mais oscila negativamente é Boulos, de 27% para 20%.

Marçal melhorou ainda na faixa de renda média considerada pela pesquisa, ou seja, quem ganha entre dois e cinco salários mínimos na família. Nesse público ele aumentou de 14% para 24%, prejudicando Datena, que variou de 15% para 9%, considerando uma margem de cinco pontos percentuais.

Por último, o segmento de escolaridade que mais ajudou o influenciador a subir foi o de eleitores que se formaram até o ensino médio. Nesse setor ele cresceu de 16% para 26%, acima da margem de quatro pontos. Já os que têm ensino superior foram de 12% para 24%, grupo em que tanto Nunes quanto Boulos oscilaram quatro pontos para baixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.