Ciro Ferreira Gomes nasceu em 1957 em Pindamonhangaba, São Paulo, filho de uma professora paulista e um defensor público cearense. Sua família mudou-se para Sobral, no Ceará, quando ele ainda era criança —e foi no estado nordestino que Ciro cresceu e iniciou sua carreira política. Seu pai, José Euclides Ferreira Gomes Filho, foi prefeito de Sobral no final dos anos 1970, cargo que também seria ocupado por seu irmão, Cid, duas décadas depois. Ciro completou o ensino médio na cidade e... foi para Fortaleza estudar direito na Universidade Federal do Ceará. Na década de 1980, deu aulas de direito tributário na Universidade Vale do Acaraú, em Sobral, e na Universidade de Fortaleza (Unifor). Em 1995, foi pesquisador visitante na Faculdade de Direito da Universidade Harvard. Chegou a atuar como advogado entre 1979 e 1982, ano em que disputou sua primeira eleição, a deputado estadual no Ceará, pelo já extinto Partido Democrático Social (PDS) —sucessor do Arena, que dava sustentação aos governos militares. Já no cargo de deputado estadual, no ano seguinte, fez a primeira das seis mudanças de partido nos últimos 35 anos: para o então PMDB em 1983, o PSDB em 1990, o PPS em 1997, o PSB em 2005, o PROS em 2013 e o atual PDT em 2015. Ciro conseguiu se reeleger deputado estadual em 1986, desta vez pelo PMDB, partido pelo qual venceria, dois anos depois, a disputa para prefeito de Fortaleza. Pouco mais de um ano à frente da prefeitura, no entanto, ele deixou o cargo para concorrer ao Governo do Ceará. Eleito, também não completou o mandato, já que foi convidado pelo então presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Fazenda em setembro de 1994. Foi ministro por quatro meses, até o fim do governo Itamar. Ciro concorreu à Presidência outras duas vezes pelo PPS — em 1998 e 2002. Na primeira, ficou em terceiro lugar, com 10,9% dos votos. Na eleição seguinte, terminou em quarto lugar (11,9% dos votos), atrás de Lula (PT), José Serra (PSDB) e Anthony Garotinho (PSB). Foi convidado por Lula para assumir o Ministério da Integração Nacional, onde coordenou o início do projeto de transposição do rio São Francisco. Deixou a pasta em 2006, para se candidatar a deputado federal pelo Ceará pelo PSB. Serviu por um mandato. Em 2013, foi chamado pelo irmão Cid, então governador do Ceará, para ser secretário de Saúde do estado, posto que ocupou até 2015, quando passou para a iniciativa privada. Em fevereiro de 2015, Ciro assumiu a presidência da Transnordestina, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) responsável pelas obras da ferrovia homônima no Nordeste. Deixou o cargo em maio do ano seguinte, após se posicionar contra o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo Ciro, ele temia que seu posicionamento contra o governo interino de Michel Temer atrapalhasse o andamento das obras. Candidatou-se em 2018, tentando ocupar o espaço eleitoral dos que não queriam um novo governo do PT, mas não optavam por Bolsonaro, propondo inclusive a renegociação de dívidas da população. Ciro foi casado com a ex-senadora Patrícia Saboya, com quem teve três de seus quatro filhos, e com a atriz Patrícia Pillar. Ciro também tem uma neta. A atual esposa é Giselle Bezerra.