Estados Unidos são o melhor país para viajar, segundo pesquisa Datafolha
Vencedor na categoria melhor país para viajar: Estados Unidos (18%)
Chicago é uma cidade de dupla personalidade –uma para o inverno, outra para o verão. Deve ser essa razão por que vem se consolidando nos últimos anos como a segunda cidade mais visitada dos EUA (eleito melhor país para viajar na pesquisa Datafolha ), atrás apenas de Nova York.
O município no estado de Illinois é um dos destinos prediletos dos próprios norte-americanos. Segundo dados do Choose Chicago, a cidade recebeu no ano passado 57.600.000 visitantes, um número 4,3 % superior ao de 2017, que já havia sido recorde. Os brasileiros lideram, representando 16,2 % do total de visitantes.
A cidade é um centro cultural, universitário e arquitetônico com praias à beira do Lago Michigan e bares e restaurantes ao longo do rio que cruza a região central.
Oleg Podzorov | ||
Ponte DuSable, em Chicago |
Ao pé da escultura espelhada gigante do artista Anish Kapoor, que decora a entrada do parque mais central da cidade, é possível patinar no gelo ao ar livre durante o inverno. Ao abrigo do clima hostil, há atrações de classe mundial em grau só comparável a Nova York, como o Art Institute, o Museu da Ciência e Indústria e a Sinfônica de Chicago.
A rotina de shows e baladas segue firme e intensa durante o longo inverno. Chicago é um dos berços do blues e do jazz, com casas de shows que existem desde o início do século 20 e cuja atmosfera remonta os anos de proibição do álcool (1920-1933).
É o caso do famoso Green Mills, onde os shows são sempre de alto nível, e o drink clássico da casa, o Manhatan, ironicamente não consta do cardápio.
Mas a Chicago musical carrega também parte fundamental da história a música eletrônica, o que explica a intensa programação de suas pistas de dança. Foi ali que surgiu, no começo dos anos 1980, a house music, que disputava com o techno, nascido na vizinha Detroit, a primazia do gênero.
No verão a cidade se transforma na Califórnia do Norte, com suas praias artificiais pulsando de gente, e os calçadões transbordando de skates, bikes e patins.
As praias e água límpida, onde tem até onda, são o melhor lugar para testemunhar a profunda divisão racial que racha a cidade ao meio. Nas areias do centro e do norte, parte mais rica de Chicago, só se veem brancos tentando pegar uma cor. Já na região sul, bem menos afortunada, são as famílias afro-americanas que tomam conta do pedaço.
O calor bate tranquilamente os 30 graus nos meses mais quentes, e os bares e restaurantes abrem suas esplanadas e coberturas para o delírio de moradores e turistas.
O rio Chicago, que atravessa toda a região central, teve suas margens reformadas nos últimos anos, e é possível fazer caminhadas a beira da água ou tomar uma cerveja de olho no vai e vem de barcos.
É no rio que acontece também uma das principais turnês turísticas da cidade: o passeio arquitetônico. Organizado pelo Centro de Arquitetura de Chicago, além de outras empresas de turismo, o cruzeiro explica como a metrópole se tornou pioneira na construção de arranha-céus e referência mundial no desenho construtivo urbano.
Entre o casacão e o maiô, Chicago tem um estilo esquizofrênico e único no mundo.
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CVC
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