Sob administração de empresa francesa, aeroporto de Salvador é considerado o melhor do Nordeste, segundo pesquisa
A despedida com sabor de pistache estampava a felicidade do engenheiro Guilherme da Costa e Silva, 46, ao encontrar a Sorveteria da Ribeira, uma das mais famosas de Salvador, antes do embarque no aeroporto internacional Luís Eduardo Magalhães.
A cada lambida no gelado, o viajante saciava o desejo do sentido, enquanto observava o painel de voos do terminal vencedor da categoria de melhor aeroporto do Nordeste, na avaliação dos paulistanos das classes AB que viajaram a lazer nos últimos 12 meses ouvidos pelo Datafolha, com 14% de menções espontâneas.
É a primeira vez que o aeroporto da capital baiana alcança a liderança isolada, com dois pontos percentuais a mais que no ano passado. O topo coincide com o primeiro ano sob a administração da francesa Vinci Airports, que adotou a marca Salvador Bahia Airport. A empresa arrematou a concessão em março de 2017 e passou a operá-lo em janeiro de 2018.
Desde então, o barulho de furadeiras, serradeiras e britadeiras tem se misturado com o arrastar das rodinhas das malas pelas áreas comuns, durante as obras de ampliação do terminal, um investimento de R$ 700 milhões.
Segundo a Vinci, a obra, em fase final, deverá ampliar a capacidade anual de passageiros de 10 para 15 milhões até o fim do ano.
Para quem está disposto a ir às compras, o terminal dispõe de 70 estabelecimentos, entre eles a maior Duty Free Americas do Nordeste.
"Meus colegas foram tomar o sorvete na Ribeira [bairro que dá nome à sorveteria]. Não pude ir por causa do voo. Mas vou até enviar uma foto pra mostrar a eles que não fiquei na vontade", alegrou-se o engenheiro.