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Serafina

Amanda Seyfried teve dificuldade para assistir "Garganta Profunda"

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Amanda Seyfried faz cara feia ao ver, na mesinha do quarto do hotel, a capa de uma revista em que dois atores do seriado "Diários de um Vampiro" estão sem camisa e abraçam uma atriz de sutiã.

"É tão promíscuo", ela diz e revira os grandes olhos verdes enquanto esconde a publicação debaixo de outras.

Nem parece a protagonista do longa "Lovelace", baseado nos bastidores do filme pornô mais famoso de todos os tempos, "Garganta Profunda" (1972), sobre uma mulher sexualmente frustrada que finalmente descobre ter o clitóris na garganta.

Guy Aroch/.
Amanda Seyfried, 26, encarna Linda Lovelace na cinebiografia da protagonista de "Garganta Profunda"
Amanda Seyfried, 26, encarna Linda Lovelace na cinebiografia da protagonista de "Garganta Profunda"

"Esses filmes são deprimentes, a maioria é degradante", diz a ex-modelo que virou atriz aos 15 e encontrou o estrelato aos 22, quando fez o musical "Mamma Mia!" (2008) ao lado de Meryl Streep.

Agora, aos 26, ela interpreta a atriz Linda Lovelace (1949-2002), a protagonista do longa erótico que, anos depois do lançamento, virou ativista antipornografia. "Tive dificuldade de assistir a 'Garganta Profunda'. Não pretendo ver de novo", diz Amanda, vestindo jeans azul-escuro e jaqueta de couro cinza, com várias correntinhas de coração no pescoço.

Linda Lovelace é o primeiro personagem real que Amanda interpreta. Para tanto, escureceu os cabelos naturalmente loiros, mudou a cor dos olhos e ganhou sardas, além de acrescentar alguns machucados para as cenas em que a personagem apanha do agente e marido, Chuck Traynor (Peter Sarsgaard).

James Franco interpreta Hugh Hefner, e Sarah Jessica Parker vive a feminista Gloria Steinem. "Não tem muitas cenas de nudez. É mais sobre a relação dela com Chuck na época em que fez 'Garganta'", conta. "Meu trabalho era achar sua essência, é uma história contada do seu ponto de vista. Foi uma grande responsabilidade."

"Lovelace", com estréia marcada para o segundo semestre nos EUA, tem direção de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, mesma dupla de "Howl", sobre o poeta Allen Ginsberg. E já tem um concorrente direto. Um segundo filme sobre o mesmo assunto começa a ser rodado em março, "Inferno: A Linda Lovelace Story", com Malin Akerman ("Watchmen - O Filme") no papel principal e Matt Dillon como Chuck Traynor (1937-2002).

PORTUGUÊS

A pinta de boa moça, acentuada pelo rosto angelical e por longas melosos como "Querido John" e "Cartas para Julieta" (ambos de 2010), desaparece quando ela consegue soltar dois palavrões em dez minutos de conversa.

Um deles é para elogiar o filme brasileiro "À Deriva" (2009), de Heitor Dhalia. "O filme é lindo para ca*&#@."

Os dois trabalharam juntos no suspense psicológico "12 Horas", estreia de Dhalia em Hollywood, que chega aos cinemas do Brasil em 16 de março.

Amanda faz a problemática Jill, que consegue escapar de um sequestro, embora a polícia não acredite em sua história. Quando sua irmã some, um ano depois, Jill tem certeza de que ela foi levada pelo mesmo sequestrador e sai em seu encalço sozinha, com direito a algumas perseguições de carros e cenas tensas numa floresta. Para o espectador, a dúvida permanece até o fim: será que ela está certa?

"Heitor tem uma energia muito boa, é bastante calmo. Fala pouco, mas dá para ver que sua imaginação está sempre a toda", diz.

A atriz conta que chegou a comprar um livro brasileiro antigo em Portland (Oregon), onde o longa foi rodado, para aprender nomes de animais em português, mas a experiência não deu muito certo.

"Aprendi a dizer 'meu gato'", conta, orgulhosa, mas dizendo, na verdade, "meu cão". Corrijo, ela se desculpa: "Vou arruinar sua língua. Que vergonha!"

Apesar da pouca idade, ela já tem em seu currículo uma série de filmes bem ecléticos, como a aventura futurística "O Preço do Amanhã" (2011), com Justin Timberlake, o drama apimentado "O Preço da Traição" (2009), de Atom Egoyan, e o suspense adolescente "A Garota da Capa Vermelha" (2011). Na TV, fez a filha abismada com o pai poligâmico em "Amor Imenso" (2006-2011). O desafio agora, segundo ela, é ser levada a sério em Hollywood.

"Quero ser vista como uma Naomi Watts ou uma Catherine Keener. Elas trabalham sempre, são muito talentosas", diz. "Leva tempo, eu sei. Eu era péssima aos 15 anos, mas estou melhorando."

MISERÁVEL

Em abril, Amanda começa um novo trabalho, o mais ambicioso de sua carreira e para o qual passou quatro meses fazendo testes: ela interpretará a sofrida Cosette no musical "Os Miseráveis", dirigido pelo inglês Tom Hooper, em seu primeiro longa após ganhar o Oscar por "O Discurso do Rei".

Como preparação para o papel, Amanda parou de fumar socialmente, evita consumir alimentos derivados de leite e voltou a fazer aulas de canto, que praticou entre os 11 e os 17 anos. No filme, estão também Anne Hathaway, Russell Crowe e Hugh Jackman.

"Quando eu era criança, meu sonho era ser cantora de ópera. 'Os Miseráveis' é meu musical favorito desde os dez anos. Até agora, não acredito que consegui o papel", diz. "A voz leva um tempo para voltar, mas o corpo nunca esquece."

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